ATP e WTA limitam horas dos jogos noturnos
Máximo de cincos jogos por dia em cada court e partidas depois das 23h só com autorização prévia; Uniformizar as bolas de ténis é outra das iniciativas dos organismos que regulam os circuitos profissionais
Após queixas dos jogadores relativas às horas tardias em que terminam as partidas, reclamações reforçadas nos anos mais recentes, o ATP e a WTA decidiram impor uma redução no número de jogos noturnos nos eventos do circuito masculino e feminino de ténis.
«O número de jogos com fim tardio (partidas que terminam após a meia-noite) cresceu consideravelmente nos anos mais recentes, impactando negativamente nos jogadores e nos fãs», justificou a ATP e a WTA, em comunicado conjunto.
Desta forma, as novas medidas a implementar a partir de janeiro, em teste durante 2024 e reavaliadas no final do ano, passam por impedir que se realizem jogos depois das 23 h, a não ser se autorizados por supervisores ATP/WTA. As sessões noturnas devem arrancar até às 19.30 h, recomendando-se que as mesmas se iniciem às 18.30 h.
O limite de cinco jogos por dia em cada court (início marcado às 11 h), três durante a sessão de dia e dois à noite, é outra das medidas impostas. Partidas que não se iniciem antes das 22.30 h devem ser transferidos para um campo alternativos e começarem até 30 minutos depois.
Circunstâncias excecionais, como questões culturais locais, condições climatéricas ou outras situações atenuantes podem serem consideradas pela ATP/WTA.
Para além dos horários, as diferentes bolas usadas semana após semana, torneio após torneio, têm vindo a merecer críticas e reparos dos jogadores.
«O calendário dos jogos e as bolas de ténis são temas prioritários na nossa agenda, juntamente com a WTA. É imperativo que evoluamos e nos adaptemos às exigências do jogo moderno, especialmente no que diz respeito à saúde dos jogadores e à experiência dos adeptos. Estamos otimistas quanto ao impacto que podemos causar em ambas as frentes, agora e no longo prazo», disse Andrea Gaudenzi, presidente do ATP.
«Acreditamos que é importante que essas iniciativas estejam totalmente alinhadas entre os dois Tours e permitirão que os atletas tenham um desempenho ao mais alto nível, proporcionando uma melhor experiência para tenistas e torcedores», reforçou Steve Simon, presidente da WTA.