Surf Yolanda Hopkins elimina campeã olímpica e líder do circuito: «Ela estava à procura da onda bonitinha e os juízes deram-me os pontos»
A portuguesa Yolanda Hopkins (6,17) fez história ao eliminar Carissa Moore (1,93) nos oitavos de final da Meo Rip Curl Pro Portugal, 3.ª etapa do circuito de elite da Liga Mundial de Surf (WSL), a decorrer em Peniche.
Wildcard na paragem portuguesa do Championship Tour (CT) e em estreia absoluta no Circuito Mundial, Hopkins afastou a atual líder mundial do ranking, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio e cinco vezes campeã do mundo.
«Não estava com pressão, ela é que devia ter, ela é que é the GOAT como a Stephanie (Gilmore), fui relaxada», explicou aos jornalistas. «Isto é o meu tipo de surf, grande e mesmo horrível», sorriu. «A Carisa estava à procura da onda bonitinha e os juízes deram-me os pontos que precisava”, continuou após completar a bateria 5 da ronda 16.
«Estou super feliz. Sempre quis competir frente a frente com a Carissa, foi o meu ídolo desde que comecei a surfar e foi apenas incrível», frisou. «É uma vitória muito, muito doce. Não podia ser melhor”, detalhou referindo-se ao feito histórico alcançado frente à detentora da licra amarela do CT. Um triunfo 'um bocadinho mais doce' em comparação com aquilo que conseguiu em Tóquio 2020 quando eliminou a então número 2 mundial, Johanne Defay.
Única portuguesa agora em prova, após o afastamento de Frederico Morais, na ronda de eliminação ontem, e Teresa Bonvalot, nos oitavos, assume estar livre de pressão.
«Não tenho pressão nenhuma. Apenas quero mostrar ao mundo o meu surf», atirou.
Vestida com uma licra emprestada com o nome de Venus (e Serena) Williams) nas costas, explicou a razão da escolha. «Sempre tive inspiração nelas. Antes (do surf) jogava ténis. E quando comecei, o trabalho duro, elas mostraram o que era o trabalho duro e aproveitei e utilizei a licra».