Van Aert faz 'bis' e João Almeida mantém terceira posição

VOLTA A ESPANHA Van Aert faz 'bis' e João Almeida mantém terceira posição

CICLISMO23.08.202417:02

Belga da Visma-Lease a Bike venceu ao sprint em grupo reduzido na chegada da 7.ª etapa a Córdoba e o português não teve problemas em integrar o lote dos principais corredores da classificação geral

Wout van Aert (Visma-Lease a Bike) chegou à segunda vitória na primeira participação na Volta a Espanha, esta sexta-feira, ao conquistar a 7.ª etapa, entre Archidona e Córdoba, e bem pode agradecer ao companheiro de equipa Sepp Kuss. O norte-americano, vencedor da Vuelta em 2023 e nesta edição com objetivo assumido de revalidar o título, regressou, por momentos, ao estatuto de gregário de luxo – e não na montanha, em que é o melhor do pelotão mundial -, e colocou-se abertamente ao serviço do velocista belga.

Sozinho, à frente de um grupo restrito de principais candidatos à classificação geral que se adiantou após a única subida categorizada do dia, a 25 quilómetros da meta, Kuss moveu longa, mas bem-sucedida perseguição ao espanhol Marc Soler (UAE Emirates), permitindo a Van Aert impor-se nesse lote de grupo de 35 corredores em que se incluía João Almeida, e bater, em sprint, o checo Mathias Vacek (Lidl-Trek) e o espanhol Pau Miquel (Kern-Pharma), segundo e terceiro.

Van Aert dispunha de mais uma oportunidade, uma de poucas que lhe restavam para continuar a vencer e a consolidar a liderança da classificação por pontos (camisola verde) nesta sua estreia na Vuelta. Para reforçar o favoritismo ao segundo triunfo, o belga tinha a seu favor, face ao seu principal oponente, Kaden Groves (Alpecin-Deceuninck), a única subida categorizada (2.ª cat.) da etapa, o Alto del 14%, com 7,4 km de extensão e inclinação média de 5,6%, mas rampas finais em que este valor atinge o número dá o nome à ascensão.

O ritmo intenso imposto pelo companheiro de equipa de Van Aert, o italiano Edoardo Affini, e depois, ainda mais forte, pelo colombiano Daniel Martinez (Red Bull-Bora), este com o objetivo de lançar o seu líder Primoz Roglic para a primeira posição naquela contagem de montanha que valia bonificação de tempo (6 segundos), teve êxito e fez descolar Groves. Mas só a queda subsequente do sprinter australiano, logo a seguir à passagem pelo alto, foi definitivamente fatal à sua pretensão de somar também a segunda vitória na corrida espanhola este ano.

  A história desta etapa até à primeira passagem pela meta em Córdoba foi a da fuga do espanhol Xavier Isasa (Euskatel-Euskadi), que arrancou logo ao quilómetro zero e rolou sozinho durante 140. O basco foi reincidente neste tipo de aventuras nesta edição da Vuelta, depois de já ter percorrido 171 km escapado na terceira etapa, quando foi o último corredor de quatro a ser apanhado pelo pelotão, a caminho de Castelo Branco. Desta feita, a aventura de Isasa terminou a 40 quilómetros da meta, pouco antes de se abrirem as hostilidades no pelotão no Alto del 14%.

Nada que derrubasse o recente camisola vermelha Ben O'Connor (Decathlon-AG2R), que passou incólume o primeiro dia na liderança da Vuelta. Todavia, perdeu seis segundos da significativa vantagem que conquistou na épica vitória na véspera (6.ª etapa) para o segundo classificado, Primoz Roglic, porque o esloveno bonificou para transpor na primeira posição o Alto del 14%, e reduziu para 4.45 minutos o atraso para o australiano. Em consequência, Roglic ampliou o avanço para João Almeida, na terceira posição da classificação geral, para 14 segundos.

O português da UAE Emirates não teve problemas nesta etapa e em especial para seguir entre os primeiros a subida, concluindo a jornada na 49.ª posição com o mesmo tempo do vencedor.  Nelson Oliveira (Movistar) chegou à meta 11.27 minutos depois, na 113.ª posição.

No top-20 apenas uma alteração: a descida, de quarto para oitavo, do alemão Florian Lipowitz (Red Bull), que perdeu 1.17 minutos e está agora a 5.35 da camisola vermelha.

Este sábado, a etapa tem 20 quilómetros finais desafiadores, em constante sobe e desce e a culminarem com subida à Sierra de Cazorla, contagem de montanha de 3.ª categoria (4,8 km a 7,2%, com quilómetro final a 10% de inclinação média). Esperam-se os primeiros ataques do fim de semana à liderança de Ben O’Connor.

Na segunda posição da etapa ficou o checo Mathias Vacek (Lidl-Trek) e na terceira o espanhol Pau Miquel (Kern Pharma).

A história desta etapa até à primeira passagem pela meta em Córdoba foi a da longa fuga, em solitário, o espanhol Xavier Isasa (Euskatel-Euskadi). O basco, que arrancou logo ao quilómetro zero e rolou sozinho durante cerca de 140 quilómetros, foi reincidente neste tipo de aventuras nesta edição da Vuelta, depois de já ter percorrido 171 km escapado na terceira etapa, quando foi o último corredor de quatro a ser apanhado pelo pelotão, a caminho de Castelo Branco.

Desta feita, o fim de fuga para Xavier Isasa (Euskatel-Euskadi) aconteceu quando faltam 35 km para a meta.