Sexto ouro olímpico de Simone Biles vale entrada num grupo (muito) restrito

Norte-americana tornou-se na primeira a vencer a mais prestigiante prova de ginástica artística de forma não consecutiva. É também apenas a 3.ª ginasta a ganhar a competição mais do que uma vez

Quem mais senão Simone Biles? A norte-americana já era um astro mundial e esta sexta-feira, como se precisasse, voltou a mostrar porquê. Na final all-around de ginástica artística, a norte-americana trincou a segunda medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de Paris de 2024 e... fez mais história.

Tudo porque a ginasta de 27 anos tornou-se na única a vencer esta disciplina de forma não consecutiva (2016 e 2024), quando, esta sexta-feira, com uma pontuação de 59,131, se impôs à brasileira Rebeca Andrade - que conquistou a prata com 57,932 pontos - e à compatriota Sunisa Lee, a anterior campeã olímpica que, com 56,465, ficou com o bronze.

«Ainda não me apercebi do que fiz. Provavelmente vou-me aperceber quando regressar à Aldeia Olímpica. Estou muito contente com a minha prestação neste dia e ainda temos três finais pela frente. Agora é desfrutar porque o mais difícil está feito», avançou depois da prova.

Com este triunfo, Simone Biles junta-se a um grupo muito restrito de ginastas, pois com esta medalha de ouro, venceu a mais prestigiante prova deste desporto pela segunda vez, algo que só tinha sido feito por Larisa Latynina, em 1956 e 1960 pela União Soviética, e por Vera Caslavska (1964 e 1968), ao serviço da Checoslováquia.

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Mas não só, porque, com 27 anos, a norte-americana é agora a mulher mais velha desde 1952 a subir ao degrau mais alto do pódio olímpico, quando Maria Gorokhovskaya (União Soviética) o fez com 30 anos. É a sexta medalha de ouro de Biles que a deixa mais perto das nove conquistadas por Larisa Latynina e tal como destacou depois da final, ainda tem três finais pela frente. Há empate à vista?