Russo Artem Nych vence isolado em Boticas
O corredor da Sabgal-Anicolor destacou-se dos parceiros de fuga na subida de Torneiros, a menos de 20 quilómetros da meta. Afonso Eulálio foi segundo na 6.ª etapa e aumentou para 21 segundos a vantagem na ligeração da classificação geralk
Artem Nych (Sabgal-Anicolor) venceu isolado a sexta etapa da Volta a Portugal, entre Bragança e Boticas, na distância de 169,1 quilómetros, após ter escapado aos parceiros da principal fuga do dia na dura subida de Torneiros, de primeira categoria, a menos de 20 quilómetros da meta.
O russo, que à partida para esta etapa ocupava a 20.ª posição, a 3.53 minutos do líder da classificação geral, Afonso Eulálio (ABTF-Feirense), resistiu a um grupo perseguidor que incluía o jovem camisola amarela e o segundo, o suíço Colin Stussi (Vorarlberg) e impôs-se para conquistar a etapa com 1 minuto de vantagem sobre Afonso Eulálio.
Na luta pelo topo geral, Afonso Eulálio e Colin Stussi igualaram-se após terem medido forças na subida de Torneiros, onde se destacaram dos mais diretos rivais, mas acabaram por ser alcançados por estes no derradeiro quilómetro.
Afonso Eulálio, com os seis segundos de bonificação pelo segundo lugar etapa reforça a liderança sobre Colin Stussi, que tinha recuperou um segundo numa sprint bonificado no início da etapa. A diferença entre os dois primeiros da geral são agora 21 segundos.
Após a etapa, Artem Nych felicitou os companheiros de equipa pelo contributo para a vitória. «Estou muito feliz. A nossa Volta não começou muito bem. Muito obrigado à equipa, aos meus companheiros, que trabalharam muito bem desde o início da etapa para esta vitória, dedico-lhes este sucesso», declarou o russo da Sabgal, que tem tido uma Volta aziaga.
Segundo classificado na etapa, Afonso Eulálio reforçou a liderança da classificação geral, devido aos seis segundos de bonificação na meta. Como tinha perdido um para Colin Stussi num sprint intermédio, ganhou cinco ao suíço, o mais direto oponente na corrida à camisola amarela.
«Para mim, o Stussi está mais forte. Ataquei, mas ele nunca mostrou fragilidade. A luta continua, dia após dia. Não sei o que faremos nas próximas etapas, a nossa vantagem ainda é muito curta para o contrarrelógio, por isso Stussi é o grande favorito à vitória na Volta e certamente vai começar a controlar. Temos de lhe ganhar mais tempo. Temos de conversar na equipa para ver o que fazemos».
Colin Stussi atacou Afonso Eulálio na fase mais dura da subida de Torneiros, mas o jovem líder da geral recuperou e alcançou-o ainda antes do cume. Nas contas da geral, o suíço, vencedor da Volta a Portugal em 2023, ainda saiu a perder… «Tentei atacar na subida final, mas o Eulálio é muito forte em subidas curtas e inclinadas, mas não foi possível. Vou continuar a tentar. Eles continuam a ter dois corredores para a geral, com o Carvalho. Ainda falta muita Volta…»
Joaquim Andrade, diretor desportivo da ABFT-Feirense, fez a análise da etapa e anteviu as próximas batalhas. «Foi um dia muito positivo. Mas a primeira fase foi muito atacada, não podíamos controlar a corridas sozinhos. No entanto, termos chegado à última subida e fazer o que fizemos, foi muito bom. Na classificação geral, o Colin Stussi continua muito próximo da nossa amarela, por isso também terá de assumir as despesas da corrida, não vamos continuar a andar com a equipa da Vorarlberg às costas. O António [Carvalho] não perdeu tempo, apesar de ter feito uma subida mais conservadora. Está tudo em aberto».
Na quinta-feira, a sétima etapa liga Felgueiras a Paredes, no distrito do Porto, em 160,4 quilómetros, com quatro contagens de montanha, três delas nos últimos 50 quilómetros.