Remco Evenepoel revela o que tem de fazer para vencer Pogacar
Remco Evenepoel (à esq.) com Tadej Pogacar após a recente Volta à Lombardia

Remco Evenepoel revela o que tem de fazer para vencer Pogacar

Após ter sido batido pelo esloveno no Tour, nos Mundiais e no último sábado na Volta à Lombardia, o corredor belga, bicampeão olímpico e mundial de contrarrelógio em 2024, admite a necessidade de melhorar o seu desempenho...

Remco Evenepoel obteve o melhor resultado da carreira na Volta à Lombardia, após quatro participações. Mas o segundo lugar na Clássica das Folhas Mortas, quatro anos após a acidentada estreia em 2020, em que sofreu grave queda na descida de Sormano, sabe sempre a pouco para um corredor habituado a entrar para vencer.

Foi precisamente em Sormano, mas na ascensão, que viu Tadej Pogacar atacar, no último sábado, de modo irresistível para a quarta vitória na corrida italiana. O esloveno deixou-o a mais de 3 minutos no final dos 255 quilómetros.

Tendo estado Pogacar num mundo à parte, o bicampeão olímpico de Paris 2024 acabou por superar os demais adversários, impondo-se a Enric Mas (Movistar) e Lennert Van Eetvelt (Lotto Dstny), na descida de Sormano, para partir em solitário até à meta.

Após a prova, o belga mostrou-se satisfeito com a sua prestação. «Estou feliz. Penso que aconteceu como tínhamos planeado na manhã [sábado]: o Tadej Pogacar atacou a 6-7 quilómetros do topo de Sormano. Apenas tentei seguir ao meu ritmo, o que foi bom, e com Enric Mas e Lennert Van Eetvelt criámos uma pequena vantagem para os perseguidores até ao topo da subida. Depois assumi a liderança na descida e consegui distanciá-los», explicou Evenepoel.

«A última subida foi difícil, tive dificuldade em manter a potência, mas a diferença estava feita», revela, admitindo que «fazer melhor era simplesmente impossível».

Remco Evenepoel bicampeão mundial de contrarrelógio

22 setembro 2024, 16:59

Remco Evenepoel bicampeão mundial de contrarrelógio

Belga bateu italiano Filippo Ganna e é o sexto corredor de sempre a revalidar a conquista da camisola arco-íris na disciplina. Entre portugueses, Nelson Oliveira foi 15.ª e João Almeida 24.º

«O Tadej [Pogacar] foi excecional durante toda a temporada e voltou a ser excecional nesta clássica», admitiu o jovem corredor da Soudal Quick-Step, que não se coibiu de reconhecer a evolução de que necessita para tentar opor-se ao imparável esloveno, que esta temporada o bateu na Volta a França, nos Mundiais de fundo e agora na Volta a Lombardia.

«Tenho de melhorar as minhas capacidades de trepador. Tenho de me tornar melhor trepador em 2025, para terminar as corridas mais perto dos melhores, ou mesmo na frente, e para ter a certeza de poder voltar a disputar o pódio nas grandes Voltas e nas clássicas com montanhas», perspetiva o campeão mundial de contrarrelógio.