Pogacar: «Deixem-me acabar a carreira, e depois...»

Esloveno venceu pela quarta vez consecutiva a Volta à Lombardia e igualou Fausto Coppi. Num ano de ouro em que venceu ainda Giro, Tour, Liège, Mundial...

Tadej Pogacar voltou a ser avassalador na vitória, este sábado, na Volta à Lombardia, o quinto e último momento da temporada. Depois de ter distanciado todos os seus adversários a 48 quilómetros da chegada, o esloveno abriu uma vantagem impressionante, deixando o perseguidor mais próximo, Remco Evenepoel, a 3.16 minutos, na segunda posição.

O quarto sucesso consecutivo do campeão mundial de fundo na Clássica das Folhas Mortas permite-lhe tornar-se o segundo corredor a consegui-lo, depois do italiano Fausto Coppi (1946-49).

«Todas as vitórias são especiais e esta também», afirma Tadej Pogacar, no início do discurso do tetra na 'Il Lombardia', o seu sétimo triunfo em monumentos, após duas conquistas da Liège-Bastogne-Liège (2021 e 24) e uma da Volta a Flandres (23).

«A equipa trabalhou muito, como tem feito por todas as vitórias alcançadas esta época. Foi um grande dia para nós, toda a prova dependeu de nós, por isso estou muito feliz por ter conseguido esta vitória para a equipa», afirmou o líder da UAE Emirates.

«Sabia que se tivesse uma boa vantagem no topo de Sormano poderia chegar isolado à meta, e foi isso que aconteceu», explicou. «Evenepoel recuperou um pouco na descida, mas consegui voltar a acelerar assim que voltou o terreno plano e as subidas para ganhar-lhe alguns segundos e vencer assim a batalha mental», referiu o corredor de 26 anos.

«Esforcei-me o mais que pude», afirma Tadej Pogacar, antes de responder muito brevemente a uma pergunta sobre a dimensão histórica da sua temporada de 2024 e, de um modo mais geral, da sua carreira. «Se farei história no ciclismo, veremos depois de terminar a minha carreira. Então, logo se saberá. Mas primeiro deixam-me acabá-la», remata Pogacar.