Paul Tergat, duas vezes vice-campeão olímpico, passou por Lisboa
Carlos Móia com Paul Tergat/Alexandre Pona

Paul Tergat, duas vezes vice-campeão olímpico, passou por Lisboa

ATLETISMO04.10.202318:15

O atleta queniano fez uma visita relâmpago esta quarta-feira e almoçou com Carlos Móia, presidente do Maratona

O queniano Paul Tergat fez uma visita relâmpago de algumas horas a Lisboa esta quarta-feira e almoçou com Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal. O vice-campeão olímpico por duas vezes (1996 e 2000), duas vezes prata nos Mundiais (1997 e 1999) e uma vez bronze (1995), sempre nos 10.000 metros, destacou-se também na meia maratona, conquistando dois títulos mundiais (1999 e 2000).

Ainda em 2000, Tergat deu nas vistas ao correr a distância em 59:06 na capital portuguesa. Um recorde mundial que não foi homologado devido ao desnível entre a partida e a chegada (na altura a Elite também partia da Ponte 25 de Abril), mas que mesmo assim continua bem vivo na memória de Paul Tergat, atualmente com 54 anos.

“Estou realmente agradecido e entusiasmado por estar de volta a Lisboa. Estou feliz pois esta cidade marcou a minha carreira em vários aspetos. Como atleta foi aqui que atingi vários sucessos, fez de mim quem sou, tornando-me conhecido nas estradas», afirmou o queniano. Que acrescentou: «Nunca esquecerei a Meia Maratona de Lisboa. É uma das provas mais bonitas do mundo. Quem já correu sabe bem ao que me refiro, quem não correu, creio que deve experimentar fazê-lo pelo menos uma vez. Recomendo!».

O primeiro homem a correr a maratona abaixo das 2:05.00 (obteve 2:04.55 em Berlim em 2003, marca que lhe permitiu manter o recorde mundial até 2007) deixou ainda elogios ao percurso da prova portuguesa, reconhecido de forma unânime como um dos mais bonitos do mundo. E que, no entender de Paul Tergat, pode ser desfrutado até pelos atletas de elite, que correm a ritmos elevadíssimo. «Um atleta de elite pode desfrutar do percurso. Aqui é histórico pois parte da ponte, é fantástico! É isto que dá identidade a estas corridas. São tradicionais, culturais e cénicas pelos locais onde passamos. Sei que houve mudanças no percurso, mas continuo a aconselhar atletas de vários países que venham a Lisboa participar nesta prova», frisou.