Julian Alaphilipe, a vitória que veio do fundo da alma

Julian Alaphilipe, a vitória que veio do fundo da alma

CICLISMO16.05.202416:12

Francês conquista 12.ª etapa da Volta a Itália e já ganhou nas três grandes voltas

 A vitória de prestígio que escapava a Julian Alaphilipe há três anos chegou, enfim, na 12.ª etapa da Volta a Itália, permitindo ao francês da Soudal Quick-Step completar o tríptico das três grandes voltas, depois dos sucessos no Tour e na Vuelta.

O campeão mundial em 2020 e 2021, de 31 anos, ganhou, isolado, em Fano, no final de um percurso de relevo acidentado de 193 quilómetros desde Martinsicuro, depois de ter deixado para trás o seu parceiro de uma longa fuga de cerca de 120 km, o italiano Mirco Maestri, da Polti Kometa, a 12 km da meta.

«Vitória importante para mim. Dedico-a à minha família, à minha mulher, à minha filha, que me apoiam tanto», começou por afirmar, emocionado, Julian Alaphilipe.

«Colaborámos bem juntos [ele e Maestri] e naquela subida decidi acelerar e consegui ficar sozinho até ao fim. Foi a fundo até ao risco!» explicou o vencedor de seis etapas na Volta a França.

 Após Alaphilipe, que não vencia há onze meses, motivando duras e insistentes críticas do diretor geral da sua equipa, o belga Patrick Lafevere, terminaram o equatoriano Jhonatan Nárvaez (Ineos Grenadiers) e o belga Quinten Hermans (Alpecin-Deceuninck), respetivamente com 31 e 32 segundos de atraso para o vencedor, também eles resistentes de um grupo que rodou destacado do pelotão nesta etapa.

 No top-10 da classificação geral não houve alterações, mantendo-se Tadej Pogacar com a camisola rosa da liderança, com a mesma vantagem, de 2.40 minutos, para o segundo, o colombiano Daniel Martinez (Bora-hansgrohe). Na terceira posição, Geraint Thomas (Ineos), a 2.56 m do esloveno da UAE Emirates.