VOLTA A ESPANHA João Almeida adoece e perde a Vuelta 2024!

Português sofreu uma quebra física acentuada na etapa 8, perdendo quase 5 minutos e deverá ter covid, o que a confirmar-se será fim de corrida

Primoz Roglic (Red Bull-Bora-Hansgrohe) venceu a 8.ª etapa da Volta a Espanha, entre Úbeda e Cazorla, na extensão de 159 quilómetros, batendo ao sprint Enric Mas (Movistar), no alto da Sierra Cazorla.

João Almeida teve uma quebra física acentuada na ascensão final, perdendo 4.53 minutos para o vencedor, na 60.ª posição na etapa, o que provocou queda para a 26.ª posição da geral, a 9.06 minutos do líder. Segundo notícia ainda não confirmada, o português terá covid.

O australiano Ben O’Connor (Decatlhon-AG2R) não conseguiu acompanhar o ritmo de Roglic e Mas e perdeu 46 segundos, que acrescentar aos 10 segundos de bonificação, totaliza um prejuízo de 56 para o camisola amarela.

 Ben O'Connor lidera com 3.49 minutos de vantagem sobre Primoz Roglic e 4.31 sobre o espanhol Enric Mas.

A fuga do dia demorou cerca de 50 quilómetros e uma hora a formar-se - refletindo uma velocidade média louca no início da etapa - e após vários ataques e contra-ataques até que se consolidou com oito elementos: Sam Oomen (Lidl-Trek), Luca Vergallito (Alpecin-Deceuninck), Oier Lazkano (Movistar), Mathis Le Berre (Arkéa-B&B Hotels), Ion Izagirre (Cofidis), Mauro Schmid (Jayco AlUla), Gijs Leemreize (DSM-Firmenich-PostNL) e Harold Tejada (Astana Qazastan).

Uma vez reunidos, os fugitivos passaram colaborar bem e a sua vantagem para o pelotão aumentou rapidamente e a 70 quilómetros do final já superava os 5 minutos para o pelotão controlado pela equipa Decathlon do camisola vermelha Ben O’Connor. O corredor mais bem classificado na fuga era o colombiano Harold Tejada, a 6.57 minutos (23.ª posição) do australiano, líder da geral.

Neste figurino, mas com a equipa Israel-Premier Tech a assumir a perseguição no pelotão, denunciando pretensões de vitória na etapa, entrou-se na primeira subida categorizada, o Puerto Mirador de las Palomas (7,3 km a 5,7%; 2.ª cat.). A perseguição fez-se a ritmo certo durante a ascensão, o que permitiu reduzir a vantagem do septeto fugitivo (após Gijs Leemreize ter perdido o contacto) para 3.30 minutos, que o colocava, então, sob controlo.   

Após longa descida irregular de cerca de 25 quilómetros, em que a diferença entre escapados e pelotão manteve-se estabilizada nos 3.00 minutos, iniciou-se igualmente longa ascensão (23 km), também por patamares, de ligação à subida final. o terreno começa a endurecer e a vantagem da fuga começou rapidamente a baixar, sentenciando-a desde logo ao insucesso.         

Eis chegados ao sopé da Serra Cazorla, subida exigente (3.ª cat.), incluindo o primeiro e o último quilómetro extremamente íngremes, a inclinações médias entre 14-17% e um setor intermédio a 10%, que proporcionou mais uma batalha entre os principais corredores da classificação geral.