Francesa India Grangier conquista Volta a Portugal Feminina

Daniela Campos foi terceira classificada na prova que terminou este domingo com um contrarrelógio em Lisboa

A francesa India Grangier partiu com a camisola amarela para o contrarrelógio que encerrou a quarta edição da Volta a Portugal Feminina, este domingo, em Lisboa, e no final garantiu a liderança na geral, sucedendo a Valeria Valgonen no palmarés da prova.

A sueca Stina Kagevi (Coop-Repson), vice-campeã europeia júnior de contrarrelógio em 2023, confirmou o favoritismo e foi a mais rápida nos 12,2 quilómetros do percurso.

Na prova, disputada num trajeto totalmente plano, a especialista Stina Kagevi não deu hipótese às rivais. Quem mais se aproximou foi a campeã portuguesa de fundo e contrarrelógio, Daniela Campos (Eneicat-CMTeam), que gastou mais dez segundos. No terceiro lugar, outra corredora da Coop-Repsol, Sigrid Haugset, a 11 segundos da companheira de equipa.

«Neste momento é muito difícil estar a correr para nós, enquanto equipa, estamos tristes, não são, realmente, os melhores momentos. Estou, apesar de tudo, feliz por termos conseguido fazer um bom trabalho coletivo», disse a primeira classificada no contrarrelógio.

A detentora da camisola amarela, India Grangier, foi apenas 11.ª na etapa, a 38 segundos da vencedora. A francesa partiu com uma vantagem de sete segundos sobre a compatriota Titia Ryo (Arkéa-B&B Hotels) e segurou o triunfo final.

India Grangier terminou as cinco etapas com uma vantagem de três segundos sobre Titia Ryo, que teve de contentar-se com a camisola branca, de melhor jovem. «Foi um fim de semana muito duro para a equipa. Hoje queríamos honrar o nosso colega André Drege [que morreu na sequência de uma queda na Volta à Áustria, no sábado] e demos o nosso melhor. Pessoalmente, não sendo contrarrelogista, dei o meu máximo. Sabia que já estava a perder dois segundos na segunda viragem. Dei o máximo no último quilómetro e pude segurar a camisola amarela», explicou a vencedora da Volta.

Daniela Campos subiu ao terceiro lugar da geral final, a 10 segundos da vencedora. «Faço um balanço muito positivo da minha prestação. Há um ano, não parecia possível que estivesse na disputa de uma corrida por etapas. Só tenho de estar satisfeita com o resultado e com aquilo que indicia para o que aí vem. Ainda estou a cerca de um mês do grande objetivo do ano, os Jogos Olímpicos, e ainda tenho margem de progressão para atingir o meu pico de forma nessa altura», afirmou a algarvia.

Ana Caramelo também teve um bom desempenho no contrarrelógio (9.ª posição), o que lhe garantiu o estatuto de melhor corredora das equipas portuguesas, no 13.º lugar, a 1.57 minutos da vencedora. Raquel Dias (Tavira/Extremosul/SC Farense) foi a melhor corredora ainda em idade de júnior.