Europeu: Telma Monteiro para a história

Numa Seleção de 13 judocas, mesmo que a algesina Raquel Brito (-48 kg) não estivesse lesionada no cotovelo direito seria assim, há apenas um estreante em Europeus: o benfiquista Thelmo Gomes (-73 kg, 114.º), que ao mesmo tempo é o único a deslocar-se a expensas próprias e que não integra o top 100 do mundo. 

Aliás, tirando Thelmo, o olímpico Anri Egutidze (-81 kg, 65.º) e Joana Crisóstomo (-70, 63.ª), todos os restantes estão dentro do top 35 do mundo, com Catarina Costa (-48 kg, 8.ª) a ter atualmente posição mais baixa.

Outra curiosidade: das 39 medalhas (11+8+20) que Portugal já conquistou no evento desde que a pioneira Justina Pinheiro (-48 kg) foi bronze em Gdansk-1994, na Seleção para esta edição em França estão cinco medalhados em campeonatos da Europa, com natural destaque para a hexacampeã Telma Monteiro (-57 kg) com 6 ouros, 2 pratas e 7 bronzes.

Nunca ninguém ganhou como a judoca do Benfica sem competir na extinta categoria open (sem limite de peso) e das 16 ocasiões em que atuou no campeonato do velho continente apenas numa não terminou no pódio, há um ano em Sófia. 

12.ª do ranking mundial e em posição de se qualificar para os seus sextos Jogos Olímpicos, a menos de dois meses de celebrar 38 anos  assim que hoje colocar um pé no tatami da Sud de France Arena e ouvir a palavra hajime (começar) para enfrentar a russa Kurbonmamadova tornar-se-á no judoca português, em ambos os sexos, com mais  participações em campeonatos da Europa: 17. Recorde que divide com a retirada Joana Ramos. Histórico!

Catarina Costa (prata em Sófia-2022), Bárbara Timo (bronze  em Lisboa-2021), Rochele Nunes (bronze em Praga-2020 e Lisboa-2021) e Jorge Fonseca (bronze em Praga-2020) são os outros já medalhados e fortes candidatos ao pódio em Montpellier.