Lesionado no pé no treino de véspera, António Laureano, a dupla de Maya Gabeira, sonhava com a estreia na competição de ondas gigantes na Nazaré, mas adiou o sonho.
«Decidimos que ela acabaria o primeiro heat e que na 1.20h de intervalo tentaria recuperar o mais rápido. Antes, infelizmente, perdi o jet-ski num resgate à Maya e senti uma pancada da mota. Tive de optar entre ir direto ao barco da WSL e dizer que não podia competir e aí ela ficaria de fora, ou ir direto ao porto de abrigo e falar com os bombeiros para ligarem o pé e fazer o segundo heat», explicou.
Lucas Chianca e Maya Gabeira em dupla vitória canarinha no mundial de Ondas Gigantes. Chumbo vence pela 4.ª vez, em quatro provas. Português António Laureano, lesionado, puxou brasileira para o segundo título
«Fiz, cheio de dores, mas o que interessa é que ela ganhou. É um trabalho de equipa e temos de ser uns pelos outros. Se tivesse sido ao contrário, ela teria feito o mesmo, porque na verdade não a queria deixar sem parceiro. Vê-la no pódio é uma recompensa gigante», reconheceu antes de ir fazer exames ao hospital para aferir o estado da lesão: «Para o ano, cá estaremos, pode ser que à terceira seja de vez.»