Entrevista A BOLA Zé Pedro: «Quero colocar o Vitória de Setúbal na Liga 3»

Após vários anos como adjunto, hoje é treinador dos sadinos e revela ambições para o clube que conduziu à liderança da Série D do Campeonato de Portugal

— Muitos ainda o recordam como o médio de pontapé forte ou o adjunto de Silas, mas hoje é treinador do Vitória de Setúbal. O que o levou a assumir o cargo? 
— Espero que agora me identifiquem mesmo como treinador principal, mas foi uma passagem muito interessante na minha carreira. Depois de ter passado alguns anos com o Silas, enquanto jogador, falámos da possibilidade e, mais tarde, já como treinadores cumprimos o sonho de trabalharmos juntos. Depois fui-me preparando, tinha a ambição pessoal de ser treinador principal. Depois da nossa experiência no Chipre senti que era a altura certa, e referi-o ao Silas, pessoalmente. 

— O Vitória é um clube histórico, que desafios tem pela frente? 
— Sim, o Vitória é marcante para mim. Estive aqui quatro anos como jogador, um na Liga 2, subi de divisão, outros três na Liga, após vários anos num rival, e os objetivos foram olhar para a grandeza do Vitória, para a ambição de treinar o clube e voltar a projetar o Vitória, que caiu para o Campeonato de Portugal. Sinto-me com essa capacidade, acreditando nas pessoas que me convidaram para o projeto, de curto/médio prazo, queremos voltar a pôr o clube na competição acima, a Liga 3. 

— O objetivo é seguir o mesmo caminho do Belenenses e regressar às ligas profissionais? 
— Sem dúvida. Com a quantidade de grandes treinadores e jogadores, viver nesta realidade é um desafio enorme, mas tenho a vontade de ser treinador principal e conseguir esse objetivo, de levar o Vitória à Liga 3 e às ligas profissionais. 

— A equipa foi eliminada da Taça de Portugal, mas está bem classificada na Série D do Campeonato de Portugal. Que balanço faz?
— Balanço muito positivo. O Vitória é o Vitória, mas temos de ser realistas, neste momento está no Campeonato de Portugal, apesar de ter uma história tão grande. Estamos bem, dependemos de nós, é gratificante sermos o melhor ataque, é uma equipa que joga para ganhar, é manter o registo.