Yusupha empata ao soar do gongo e adia o selar do pódio a minhotos (veja os golos)

Liga Yusupha empata ao soar do gongo e adia o selar do pódio a minhotos (veja os golos)

NACIONAL20.05.202321:08

O SC Braga empatou neste dia com o Boavista por 1-1, em encontro da 33.ª e penúltima jornada da Liga disputado no Estádio do Bessa Século XXI, no Porto, e não conseguiu desde já garantir o terceiro lugar da classificação final do campeonato e a última vaga para poder discutir a presença na mais prestigiada prova de clubes da UEFA, a Champions: ficou adiado, mas não cancelada, a ambição e sonho dos minhotos.

Mais de dois mil adeptos dos ‘guerreiros do Minho’ foram até à cidade invicta apoiar os comandados de Artur Jorge, que podiam, enfim, acabar com as dúvidas em relação à Champions na próxima época: em caso de triunfo, já não poderiam mais ser alcançados pelo Sporting, quarto classificado. E com o técnico axadrezado, Petit, a cumprir castigo e ver o jogo da bancada - e não do banco de suplentes, cumpriu suspensão - mais se acastelou a esperança dos minhotos em, como disse na véspera o seu técnico, Artur Jorge, em «fechar já as contas» do terceiro lugar... e da Champions.

No Bessa assistiu-se a um jogo interessante, entre duas boas equipas, bem organizadas, que começou com um contratempo para os arsenalistas: Sequeira lesionou-se do aquecimento, e Joe Mendes, que estava na ficha inicialmente como suplente, avançou para a canhota da defensiva dos bracarenses, com o guardião Lucas Hornicek a avançar para o banco de suplentes a preencher a vaga.

Um jogo em que, e também ainda antes do apito inicial do árbitro algarvio Nuno Almeida, o Boavista, tal como Pedro Proença e a Liga, homenagearam Rafael Bracali, o capitão, de 42 anos – 15 épocas na Liga, cinco nos axadrezados – e durante o qual, ao intervalo, a festa foi feita com o presidente axadrezado, Vítor Murta, no relvado, a agradecer ao icónico ‘Manuel do Laço’ a devoção clubística.

A primeira parte foi muito interessante em termos táticos, mas quase um vazio em emoção, exceção feita a três momentos: Bruma acertar na rede lateral da baliza de Matheus (26’), um livre de Ricardo Horta forte, mas sem a direção certa (30’) e Bruno Onyemeachi também a acertar na malha lateral da baliza defendida por Matheus (39’).

E foi após um susto – golo (bem) anulado por fora de jogo a Yusupha ao Boavista (51’) – que, num lance de infelicidade do defesa-central Reggie Cannon e do guardião Bracali, aos 59’, que culminou com um corte infeliz do norte-americano para dentro da sua própria baliza, na tentativa de intercetar centro tenso e rasteiro de Álvaro Djaló da direita, que o SC Braga chegou ao golo da vitória (0-1) e que lhe garante o terceiro lugar e discutir a presença na Champions na próxima época.

O jogo parecia decorrer sem mais alterações até final, com um grande corte de Niakaté a impedir Yusupha Njié de, então, desde logo igualar (83’), e Bracali a negar o 0-2 a Ricardo Horta (85’), a serem os momentos culminantes na ‘calmaria’. E com os adeptos bracarenses a cantar em apoio aos seus na bancada, com a garantia do pódio da Liga ali tão perto.

Uma alegria e grito que morreu nas gargantas dos adeptos bracarenses aos 90+4’, quando Abascal centrou da esquerda e Yusupha Njié, numa finalização com elevada nota técnica, correspondeu de primeira e no ar, para o 1-1, que deixa ainda o Sporting a poder sonhar com o terceiro lugar e na luta pela Champions, quando já poucos acreditariam.

Ricardo Horta, que viu o ‘amarelo’, é ‘baixa’ para Artur Jorge no encontro da 34.ª e última jornada dos minhotos, em que vão receber dia 28, às 15.30 horas, na ‘pedreira’, o já despromovido P. Ferreira.

Reveja abaixo os golos e recorde as incidências da partida: