Visado pela 'barra' do Vélez, está a ser apontado à Luz e conta drama vivido: «Estava sozinho e agrediram-me.»

Argentina Visado pela 'barra' do Vélez, está a ser apontado à Luz e conta drama vivido: «Estava sozinho e agrediram-me.»

INTERNACIONAL31.07.202321:55

As agressões de que foram alvo vários jogadores do Vélez Sarsfield após a derrota (0-1) de domingo com o Hurácan já foram contadas na primeira pessoa pelo jovem Gianluca Prestianni.

O jovem extremo de 17 anos, considerado uma das pérolas do emblema argentino, foi uma das vítimas das agressões da barra brava do Vélez e relatou o sucedido em declarações à ESPN Argentina.

«Após o jogo com o Huracán, chegámos à Vila Olímpica para ir buscar os carros para irmos para casa. Saímos, estava tudo escuro e, de repente, cruzam-se carros à nossa frente. Eram todos da barra. Bateram-nos. Eram uns cinco carros. Já os víamos há muito por lá junto do edifício e agora que aconteceu isto não gostámos nada», contou ao programa Fútbol 90, detalhando o caso pessoal:


«Estava sozinho no carro. Saí e num momento pararam uns dois carros à frente. Era uma rua escura e travei antes. Não sabia o que  fazer. Vi que era gente com casacos, com calças azuis. Eram da barra. Nesse momento ia fazer marcha-atrás, mas tive medo que me perseguissem. Vieram para o meu lado para ver quem era. Chegaram à minha janela, pediram-me para abrir e aí começou tudo. Começaram a dizer coisas porque estava sozinho e agrediram-me.»

Gianluca Prestianni, aliás, e já na sequência dos incidentes protagonizados com adeptos do Vélez, está a ser apontado ao Benfica e terá pedido à direção do Vélez para o deixar sair ainda antes do sucedido.

De acordo com o jornalista Gianlucca Poggi, tem oferta do Benfica e durante os últimos dias terá pressionado o clube para o deixar sair em janeiro, altura em que já teria completado 18 anos.

Agora, depois de ter sido agredido, está a ponderar ainda mais a continuidade no clube do coração:

«Estou no Vélez há 13 anos. Comecei aos 4. Chegaram-me coisas para sair, mas disse que não porque sou adepto do clube, por respeito. Queria continuar a jogar no Vélez, mas depois de ter sido agredido, não gostei nada. É decisão demasiado difícil, tenho que falar com a minha família, porque são adeptos do Vélez. Não sei que fazer, mas tenho de ver muito bem.»