FC Porto Vencer a Champions? A resposta de Sérgio Conceição
Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, anteviu, em conferência de Imprensa, no Estádio Giuseppe Meazza, o duelo com o Inter de Milão, de amanhã, para os oitavos de final da Liga dos Campeões, e respondeu a questões sobre diversos temas.
Quanto aos jogadores lesionados que foram convocados para este encontro, Sérgio Conceição pouco adiantou: «Estão num período de transição, em que cada minuto é importante e o nosso staff médico está a fazer de tudo para termos esses jogadores à disposição.»
Quanto às hipóteses de sucesso do FC Porto na Liga dos Campeões poderem aumentar devido ao facto de alguns dos clubes favoritos estarem a atravessar momentos menos positivos de forma, o treinador dos dragões respondeu de forma objetiva e realista: «O que vejo é ser extremamente difícil para uma equipa que não da big five [denominação atribuída às cinco melhores ligas da Europa] ganhar uma Champions. Se não estou errado, a última vez que isso aconteceu foi há mais de 20 anos e foi o FC Porto que ganhou, mas é cada vez mais difícil. Não é impossível, mas é difícil, mesmo com a baixa de forma de algumas equipas, até porque, na Champions, os jogadores ganham uma vitamina extra.»
Sobre o facto de defrontar um clube de recursos e poderio notáveis, estando habituado, a nível nacional, a exercer domínio na maior parte dos jogos e de que forma terá de adaptar-se, Sérgio Conceição reagiu: «Não podemos fugir ao que somos equipa, uma equipa pressionante e agressiva em todos os momentos do jogo, agressiva no sentido de estar sempre ligada ao jogo, intensa. Para nós é um desafio enorme defrontar uma equipa como o Inter. É o tipo de jogo, de eliminatória em que o pormenor pode fazer a diferença e para um treinador, para mim, é apaixonante preparar jogos deste nível, embora preparemos todos com o mesmo respeito e atenção, porque os jogos com o Académico de Viseu, da Liga 2, foram preparados da mesma forma. Mas é apaixonante tentar perceber o que precisamos de fazer perante um adversário que também é pressionante, confortável no contacto físico. Já defrontei uma equipa italiana quando perdi contra a Roma, fora e virámos a eliminatória no Dragão. Agora, voltamos a jogar em Itália a primeira mão e temos a segunda parte da eliminatória no Dragão. Preparámos o jogo para sermos felizes e passar aos quartos mais uma vez.»
Sobre que ataque espera ver por parte do Inter, com ou sem Lukaku, o treinador azul e branco sorriu e passou ao lado: «É uma boa pergunta, mas não para mim. Essa é uma pergunta para o Simone Inzaghi e estou certo que ele saberá escolher de acordo com a sua estratégia para este duelo.»
Por último, quanto às recordações que guarda da experiência enquanto futebolista em Itália (Lazio e Inter), Sérgio Conceição afirmou: «O carinho que tenho por Itália é muito grande. Acolheu-me com 22 ou 23 anos e vivi aqui 6 anos. Todos esperavam muito de mim no Inter, mas sofri uma lesão e foi difícil, mas na Lazio, com o Simone [Inzaghi], vivi grandes momentos. Itália tem coisas negativas, como qualquer país, mas tem mais coisas positivas. Se a minha experiência em Itália pode contribuir para o desfecho desta eliminatória, o que posso dizer é que jogador pensa de forma diferente da do treinador. Podemos, sem dúvida, aprender com todos os treinadores e tive a sorte de ter tido treinadores fantásticos, mas temos de ser inteligentes para absorver todas as coisas positivas que nos transmitem. Foi um tempo [Itáli] em que enfrentei grandes equipas e muitos campeões.»