22 fevereiro 2024, 19:24
Vídeo: Roger Fernandes faz o primeiro golo do SC Braga no Azerbaijão
Jovem avançado dos minhotos marcou aos 70 minutos
Cautelas na 1.ª parte para não sofrer. Expulsão deu a superioridade que se impunha ao SC Braga. Distração imperdoável no fim
Ingrato, frustrante, desolador. O SC Braga esteve muito perto de virar o play-off a 5 mil quilómetros de casa, mas uma distração, já nos descontos do prolongamento, deixou o Qarabag seguir em frente. Uma marca histórica, já que nunca o Azerbaijão tinha tido uma equipa nos oitavos de final de uma competição europeia.
A desvantagem era de dois golos, e por duas vezes os arsenalistas conseguiram empatar a eliminatória, mas, mesmo com menos um jogador em campo, os azeris mantiveram o foco e souberam esperar pela machadada final.
O SC Braga entrou como tinha de ser: a pressionar alto, a recuperar bolas no meio-campo ofensivo e sem deixar o Qarabag ter bola. Mas a qualidade técnica dos anfitriões foi sobressaindo e o aparente domínio arsenalista durou apenas 10 minutos.
O Qarabag queria ter mais posse, diminuir o ritmo de jogo e controlar a vantagem que levava de Portugal. Mais organizado, não deixava o adversário construir e os defesas do SC Braga viam-se obrigados a atirar a bola para a frente, sem critério. Artur Jorge barafustava no banco, mas os médios Zalazar, Moutinho e Pizzi não conseguiam entregar-se mais à bola e dar opções aos colegas.
Ia valendo Matheus, com algumas defesas seguras (inclusive uma saída corajosa aos pés de Leandro Andrade), e a falta de pontaria dos avançados do Qarabag, mas as oportunidades azeris foram sempre aumentando até ao final da primeira parte.
Ao intervalo, Artur Jorge deixou Pizzi nos balneários e fez entrar Álvaro Djaló. A mudança funcionou de imediato e o SC Braga entrou outra vez melhor, criando mais perigo junto da área azeri. O jogo ficou, contudo, mais partido, e o perigo estava à espreita. O treinador português insistiu na ‘revolução’ do meio-campo e, pouco depois, trocava Zalazar por Cher Ndour.
Aos 57 minutos, momento crucial: o Qarabag ficou a jogar com 10, por expulsão de Jafarquliyev, e as bancadas aqueceram, com 30 mil adeptos a fazerem-se ouvir pelo conjunto da casa. Tentava o SC Braga - sobretudo através de cruzamentos (os extremos dão jeito e Bruma já tinha entretanto entrado em campo).
Sem marcar até aí, Artur Jorge matou de vez a estratégia inicial e tirou João Moutinho e Borja, para entrarem Vitor Carvalho e Rony Lopes. Já não interessava muito a tática, começava a entrar em campo a fé.
O golo surgiu finalmente, aos 71 minutos, por Roger, que nesta altura fingia ser um lateral mas aparecia na área, a finalizar um excelente cruzamento de Bruma. As redes voltaram a abanar aos 79’, mas o golo de Abel Ruiz foi anulado, só que, 4 minutos depois, Álvaro Djaló fez mesmo o segundo, num remate a fazer lembrar o golo de Galeno frente ao Arsenal. Eliminatória igualada, seguia-se o prolongamento.
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Com a defesa a três e muitos jogadores na frente, o SC Braga perdeu um pouco do ímpeto que tinha até empatar a eliminatória e acabou por sofrer um golo. Aos 102’, Álvaro Djaló cometeu uma falta escusada e deu aos azeris uma oportunidade de bola parada, que não desperdiçaram. Banza, de penálti, aos 115’, ainda voltou a dar alento, mas os descontos do prolongamento trouxeram um balde de água fria. A este nível, ficar a olhar enquanto os adversários marcam uma falta rapidamente é imperdoável…