Maksym Talovierov joga no Plymouth Argyle e conta com a ajuda diária do progenitor, que está retido na Ucrânia devido à guerra com a Rússia
O Plymouth Argyle, que está a lutar pela permanência no Championship, ainda sonhou com o (quase) impossível na Taça de Inglaterra, ao adiantar-se no marcador frente ao Manchester City, com um golo de Maksym Talovierov. Os favoritos acabaram por dar a volta ao resultado, mas o ucraniano não deixou de salientar o esforço da equipa sulista.
«Estou muito feliz por jogar aqui contra uma das melhores equipas do mundo, com muitos jogadores fantásticos. Claro que ficámos chateados com o resultado, mas espero que os nossos fãs estejam orgulhosos de nós porque tentámos fazer o nosso melhor. Acho que estavam quase 10 mil adeptos aqui no Estádio Etihad e cada jogador fica muito agradecido por isso», disse após o jogo, na ITV.
Nico O'Reilly marcou dois golos de cabeça para garantir a passagem dos citizens aos quartos de final às custas do Plymouth, que tinha eliminado o Liverpool na ronda anterior
O jogador de 24 anos revelou depois a ajuda preciosa que o pai lhe dá, apesar de se encontrar na Ucrânia devido à guerra com a Rússia: «Ele manda-me muita informação sobre os avançados adversários. Trabalhei muito com ele esta semana. Não falámos muito sobre bolas paradas e sobre marcar [risos], mas ele passa muito tempo a ajudar-me.»
Foi a 24 de fevereiro de 2022 que a Rússia invadiu a Ucrânia, quando Talovierov estava nos checos do Slavia Praga. E devido à guerra, o jogador não voltou a ver o seu pai.
«Não nos vemos há três, três anos e meio», conta, mas tal não impede os dois de falarem regularmente sobre a carreira do jogador: «Estas horas que temos por dia para nos focarmos nos jogos e no futebol ajudam-nos muito a esquecer...»
«Esta é uma situação muito difícil, mas tentaremos ajudar o nosso povo o máximo possível e, espero eu, vamos ganhar esta guerra o mais rápido possível», concluiu.