No grupo E, todos têm 3 pontos. Tanto belgas como ucranianos redimiram-se das surpreendentes derrotas na abertura, mas agora, só um pode ganhar
No grupo E, Bélgica, Roménia, Eslováquia e Ucrânia têm três pontos. Uma inédita igualdade pontual que, na última jornada, colocará frente a frente as vencedoras da última jornada. Só a vitória é garantia de passagem aos oitavos de final e, para lá chegar, ucranianos e belgas não podem descansar.
Ucrânia: do desaire à ressurreição
Os três golos sem resposta sofridos pela equipa de Serhiy Rebrov frente à Roménia causaram uma reação forte. O treinador foi deixado fora do balneário para uma discussão entre jogadores. Zinchenko assumiu que esperava que «toda a gente fizesse uma reflexão».
Essa reflexão parece ter surtido efeito: na jornada seguinte, os ucranianos começaram a perder, mas deram a volta e bateram a Eslováquia. Yaremchuk, ex-Benfica, não conteve as lágrimas.
21 junho 2024, 16:02
Num jogo com o guarda-redes Trubin a titular, o avançado ex-Benfica entrou e operou a reviravolta no marcador, garantindo a primeira vitória da seleção na prova, frente à Eslováquia
Frente à Bélgica, favorita do grupo E e teoricamente mais forte, pode esperar-se uma Ucrânia mais expectante, a dar iniciativa de jogo à adversária. Pelas alas, Mudryk e Tsygankov podem ter papel preponderante, sobretudo se se tiver em conta que os laterais belgas serão, certamente, muito ofensivos.
O que disse Serhiy Rebrov:
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«Quando se fala muito alto, o eco também é muito alto. Vamos estar silenciosos e vamos fazer o nosso trabalho. Seguir em frente significa que podemos continuar este conto de fadas, um momento fantástico para todo o país, porque estamos em guerra há quase 900 dias. Para os ucranianos, todos os jogos, todos os eventos com significado, levam as pessoas aos tempos pré-guerra.»
Onze provável: Trubin; Tymchyk, Zabarnyi, Svatok, Matviyenkoe Mykolenko; Tsygankov, Shaparenko, Brazhko, Mudryk; Dovbyk.
A figura: Tsygankov
O extremo do Girona tem, do outro lado, Mudryk, mas tem mostrado nos últimos tempos que a sua capacidade de decisão está mais apurada que a do extremo esquerdo. Com as subidas dos laterais belgas, pode fazer a diferença.
Bélgica: ainda se está para ver o poderio belga
Lukaku, com três golos, podia ser o melhor marcador do torneio. Só não é porque... nenhum contou. Três tentos marcados, três vezes anulados. No primeiro jogo, os dois que não lhe foram contados - ambos bem anulados - estiveram na origem da derrota surpreendente com a Eslováquia. Na segunda partida, o outro golo que não valeu não teve interferência: os diabos vermelhos dominaram a Roménia e venceram por 2-0.
Se, por um lado, Lukaku parece estar em baixo de forma, tal não se pode dizer de De Bruyne e Jérémy Doku. A dupla do Manchester City continua em grande forma. O médio, capitão de equipa, marcou aos romenos e Doku continua a ser um autêntico problema para quem o defende no 1 para 1.
Dois jogadores essenciais no esquema belga, que continua a contar com os laterais e com criação a partir de trás para brilhar. Espera-se uma Bélgica dominante, com vontade de ganhar.
O que disse Domenico Tedesco:
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«Temos um enorme potencial. Vamos ver. Vai ser um jogo difícil. Estamos muito aliviados por termos vencido o último jogo, foram três pontos muito importantes. Para o resto do torneio, estamos soltos, estamos felizes. A mentalidade foi boa, não foi nada fácil contra a Roménia.»
Onze provável: Casteels; Castagne, Faes, Vertonghen e Theate; Tielemans e Onana; De Bruyne, Doku e Bakayoko; Lukaku.
A figura: Kevin De Bruyne
Não há muito que se possa adicionar ao que já se sabe. A partir do meio-campo, é a batuta do jogo criativo. Quando a bola sai dos seus pés, raramente é uma má execução de uma má decisão que toma. É sempre perigoso e faz, quase sempre, a diferença.
O jogo começa pelas 18 horas locais, menos uma em Portugal Continental.
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