Tudo o que tem de saber e guardar sobre os quatro anos e meio de Amorim no Sporting
Saiba quem são os futebolistas com mais jogos, minutos e golos sob o comando do (agora) ex-treinador do Sporting
Cinco de março de 2020 a 10 de novembro de 2024: 1712 dias que mudaram o Sporting. Os leões venceram, neste período, dois Campeonatos Nacionais, duas Taças da Liga e uma Supertaça Cândido de Oliveira. Fruto de 231 jogos, 164 vitórias, 34 empates, 33 derrotas, 510 golos marcados e 199 sofridos, sim, mas fruto, sobretudo, da aposta de Frederico Varandas em Hugo Viana e deste em Ruben Amorim.
Se quiséssemos reduzir estes 1712 dias aos verdadeiramente essenciais, reduzíamos tudo a cinco: 23 de janeiro de 2021(1-0 na final da Taça da Liga frente ao SC Braga), 11 de maio de 2021 (1-0 ao Boavista e consequente triunfo na Liga), 31 de julho de 2021 (2-1 ao SC Braga na Supertaça Cândido de Oliveira), 29 de janeiro de 2022 (2-1 ao Benfica na final da Taça da Liga) e, por fim, 5 de maio de 2024 (Benfica perde em Famalicão e Sporting assegura, no sofá, mais uma Liga).
Falámos, até aqui, em três nomes essenciais para este período fulgurante do Sporting: Varandas, Viana e Amorim. Falta acrescentar, pelo menos, mais 87. Os jogadores. Pode haver um grande presidente, um grande diretor-desportivo e um grande treinador, mas, se não houver grandes jogadores, nada feito. Ninguém conhece um campeão sem grandes futebolistas. Foi o caso do Sporting nestes 1712 dias.
Quem participou em mais jogos? Fácil. Nuno Santos. Esteve em 196 destes 231. Ou seja, participou em nada menos de 85 por cento. Quem jogou mais minutos (sim, é diferente)? Fácil, de novo: Sebastían Coates. Esteve em 15128 dos 20820 minutos realizados nestes 231 jogos. Ou seja, o uruguaio esteve em 72,6 por cento dos minutos. Quem é o melhor marcador? Fácil, mas não óbvio. Pedro Gonçalves. Marcou 81 dos 510 golos do Sporting de Amorim. Ou seja, 15,9 por cento. A seguir, sim, é fácil. Viktor Gyokeres com 66 (33,5 por cento dos 197 que os leões marcaram nas duas últimas épocas, aquelas em que o sueco vestiu de verde e branco).
Mais de metade dos golos foram apontados por cinco homens: Pedro Gonçalves, Gyokeres, Paulinho, Nuno Santos e Francisco Trincão. Houve ainda 17 autogolos: Abascal (Boavista), Áfrico (Farense), Agra (Boavista), Álvaro (Estoril), Amenda (Young Boys), Andrew (Gil Vicente), Bah (Benfica), Boateng (Farense), Cunha (Gil Vicente), Gartenmann (Midtjylland), Ivanildo Fernandes (Vizela), Karo (Marítimo), Marafona (P. Ferreira), Mateus Costa (Marítimo), Miguel Silva (Marítimo), Tiba (Gil Vicente) e Villanueva (Santa Clara).
Por entre estes 87 jogadores houve grandes contratações (Pedro Gonçalves, Nuno Santos, Matheus Reis, Paulinho, Trincão, Porro, Edwards, Morita, Gyokeres e Ugarte, entre os mais utilizados) e algumas que não trouxeram o rendimento esperado (Koindredi, Tanlongo, Sotiris, Gonçalo Esteves, Rochinha, Bellerín, Slimani, João Virgínia, Rúben Vinagre e Arthur Gomes, acima de todos).
Nenhum jogador esteve nas seis épocas de Ruben Amorim. Coates e Neto estiveram na primeira, mas falham 2024/2025; Eduardo Quaresma esteve na primeira e está na atual, mas esteve fora nas de 2021/2022 e 2022/2023; Pedro Gonçalves, Nuno Santos, Gonçalo Inácio e Matheus Reis só não estiveram em 2019/2020. Daniel Bragança só não acompanha este quarteto porque falhou 2022/2023, por se ter lesionado logo a abrir a época.
Eis o onze-tipo, mediantes os minutos jogadores, nas seis épocas de Ruben Amorim: Adán (14 003); Gonçalo Inácio (13 564), Coates (15 128) e Matheus Reis (10 999); Esgaio (7 373), Morita (6 673), Matheus Nunes (6 394) e Nuno Santos (12 403); Francisco Trincão (7 896), Paulinho (9 359) e Pedro Gonçalves (14 676).