Luís Filipe Vieira indiciado por três crimes de falsificação, tal como Domingos Soares de Oliveira e Miguel Moreira; Benfica SAD e Benfica Estádio também acusados por dois e por um crime de fraude fiscal
A leitura da decisão instrutória do processo decorreu na tarde desta terça-feira, no Campus Justiça, em Lisboa, e o juiz decidiu levar a julgamento todos os arguidos do processo, considerando «que se encontra suficientemente indiciado» que os serviços pagos pelo clube da Luz nunca foram, afinal, prestados, e que tinham apenas como objetivo o desvio de fundos sem que tal pudesse ser detetado.
Desta forma, Luís Filipe Vieira, antigo presidente dos encarnados, irá a julgamento acusado de três crimes de fraude fiscal e 19 de falsificação de documentos, tal como Domingos Soares de Oliveira, antigo CEO da SAD do Benfica, e Miguel Moreira, antigo diretor financeiro da sociedade anónima desportiva do clube da Luz.
30 abril 2024, 20:09
Advogados dos encarnados alegam que isso é «confessado e admitido» pela PJ e MP; «O raciocínio lógico é que o dinheiro retornou ao Benfica», argumenta o procurador Hélder Branco no debate instrutório do processo ‘Saco Azul’
A própria SAD do Benfica também irá a julgamento, acusada de dois crimes de fraude fiscal, tal como a Benfica Estádio, que responde por um crime de fraude fiscal e 19 de falsificação de documentos.
Na leitura da decisão instrutória, o juiz dá conta que a empresa Questão Flexível, à qual foram faturados os serviços alegadamente não prestados, cobrou preços muito acima do que era prática nestes serviços. Uma das testemunhas ouvidas ao longo da fase de instrução foi Eduardo Nunes, vice-diretor da Microsoft Portugal, que confirmou que o clube da Luz pagou 1,8 milhões de euros por serviços prestados na mesma área por esta multinacional e que desconhecia qual o papel da Questão Flexível no que diz respeito ao departamento informático dos encarnados.
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