Sporting: tudo o que disse Rúben Amorim
O treinador dos leões fez esta quarta-feira a antevisão do jogo da 5.ª jornada do grupo D da Liga Europa; quer uma equipa madura frente à Atalanta, uma equipa mais à… italiana.
– Que Sporting quer ver aqui e que adversário espera?
– Sabemos como joga a Atalanta, é mais difícil pressionar em campo inteiro. É diferente do que costumamos fazer e temos de melhorar em relação ao jogo da primeira volta. A Atalanta já está apurada mas nós ainda não. Por isso, antes de pensarmos no 1.º lugar do grupo temos de pensar na qualificação e de nos focar em tudo o que não fizemos bem no jogo de Alvalade. Não tanto sem bola, mas definimos mal com bola. Temos de nos focar no que temos de fazer e não tanto na Atalanta. O foco, principalmente, tem de ser como devemos jogar.
– Marcus Edwards teve um acidente de automóvel, ele vai poder jogar?
– Não vou aqui dizer, temos de esperar por amanhã. É difícil um jogador que não fez o último treino, é um caso especial. Ele tem muita influência na equipa, é muito importante, é dos melhores da nossa equipa a tirar jogadores da frente e isso muda a dinâmica da equipa…
– Sem Edwards, fica mais fácil a coabitação entre Paulinho e Gyokeres?
– Paulinho depende dos adversários, têm de esperar por amanhã [quinta-feira]. Temos de melhorar como equipa e fazer jogo melhor do que o da Alvalade.
– Onde está a chave do jogo?
– Temos de ser mais maduros. Não soubemos interpretar o jogo o jogo, fomos precipitados e andámos a correr uma parte inteira atrás da bola. Temos de ser um bocadinho mais italianos, defender mais, nem sempre vamos recuperar logo a bola… Temos de jogar o nosso jogo, temos jogadores e capacidade para ter a bola e posses mais longas do que tivemos em Alvalade. Amanhã, se jogar o Pedro Gonçalves, por exemplo, vai fazer um jogo melhor.
– Diomade vai poder jogar?
– Na última conferência de imprensa entenderam mal, ele não jogou com o Dumiense apenas por opção.
– Em Alvalade Lookman foi uma dor de cabeça pela direita do Sporting. Pode por isso agora St. Juste assumir essa posição?
– [risos] Não posso dizer, mas é bem observado, provavelmente poderá ser essa a opção.
– Desta vez foi mais fácil fazer os jogadores entender a forma de jogar da Atalanta?
– Mais fácil porque foi a segunda vez. Conseguimos entender o que faz a Atalanta. É difícil explicar, tem muita qualidade, mas foi mais fácil porque foi a segunda vez, como disse. E porque o foco foi a nossa equipa e não o adversário e isso tornou os treinos mais agradáveis e mais fáceis.
– Este jogo é impetrante também para mostrar um Sporting europeu?
– O ano passado, em todos os que foram os jogos mais difíceis, fomos uma equipa forte, mas não fomos onde devíamos ser, no campeonato. Também já temos uma taça europeia como clube, mas queremos mais. É claro que é difícil competir contra equipas que têm outros orçamentos, mas nós, em Portugal, tentámos competir de outras formas. A ideia é sempre melhorar as exibições, os desempenhos.
– Qual o jogador da Atalanta a ter mais em conta
– É difícil escolher um. Ao olharmos para a primeira volta, o Lookman foi um jogador que nos deu muitos problemas, porque jogou bastante à largura. Mas é difícil escolher. O Koopmeiners também é um jogador muito talentoso, assim como o capitão, o De Roon, o jogador mais influente na construção da Atalanta. Não diria apenas um, diria estes três, que têm influência naquilo que é a dinâmica do jogo da Atalanta. São jogadores que nós sabemos que temos de controlar bem, ou teremos muitos problemas.