Sporting: «Queremos quebrar o enguiço», diz Rúben Amorim
O treinador leonino e o facto de o leão nunca ter ganho na Áustria; prioridade ao campeonato. Tudo o que disse o leão
GRAZ — O Sporting joga esta quarta-feira com o Sturm Graz, aqui na Áustria, onde nuca ganhou. Isso pode servir de tónico para a equipa? Querem certamente vencer aqui pela primeira vez...
— O objetivo passa sempre por vencer e isso é motivação extra. Esse facto revela a qualidade das equipas da Áustria, não tão conhecidos mas sempre intensas. Temos de jogar muito bem, temos de levar o jogo para onde queremos e não para onde eles querem. Se conseguirmos ter bola ficamos mais perto de vencer. É uma equipa difícil em casa e será tudo bom: quebrar o enguiço, continuar a vencer.
— O treinador do Sturm Graz dá o favoritismo ao Sporting e diz que Amorim é uma estrela cadente...
— Sempre tive bons jogadores e por isso essa ideia. Não nos vamos deixar levar por isso, nós também adoramos fazer isso aos outros. Sabemos muito bem o desafio que temos mas para vencer todos os desafios temos de ter todos os jogadores no máximo. Não vai haver risco de facilitar no jogo. O que vamos fazer é rotação normal, é um jogo diferente e vamos fazer rotação de acordo com as características do jogo. Não vai ser risco algum. Posso dizer que o Daniel Bragança vai ser titular porque precisamos ter bola e para isso não há ninguém melhor do que ele. Está pronto para jogar. Toda a gente tem muita fome de jogar, a rotação não é para descansar ninguém, porque estamos no início.
— Espera um Sturm Graz à frente da baliza?
— Nunca vi esta equipa ficar à frente da baliza, vai pressionar o campo todo. É muito corajosa nesse aspeto. O Sturm esteve mais perto da Liga dos Campeões do que nós... O Sporting tem mais presenças na Liga Europa mas o que queremos é chegar a um nível para poder estar todos os anos na Champions. Estamos onde merecemos estar... Não alinho em favoritismos, vai ser muito difícil e o historial do Sporting aqui prova isso mesmo. Eles não vão ficar à frente da baliza, vão pressionar o campo todo. E nós gostamos de ter bola.
— Este Sporting tem mais estofo europeu do que aquele que em 2020 foi eliminado pelo LASK?
— Temos de ver com o tempo. As indicações que o grupo dá é que não é risco fazer rotação, temos mais liberdade para fazer essa escolha. A equipa tem mais experiência e o estofo da equipa cresceu. Sabemos bem o que queremos dos jogos. Esse jogo nunca nos saiu da cabeça, talvez tenha sido o pior momento em Alvalade. Lembra-nos de onde partimos. Temos mais estofo, somos mais experientes e somos muito mais equipa. Estamos preparados, mais do que estávamos na altura.
— Vai haver rotação na baliza, pode jogar Franco Israel de início?
— Não vai ser titular mas está sempre a lutar para jogar. Mas quero o Antonio [Adán] para este jogo muito difícil.
— Coates tem problema no joelho, pode descansar?
— Sairá mais depressa da equipa pelas características do adversário do que por qualquer problema físico. O Coates vai aguentar os jogos que tiver de aguentar, se sair não será pelas condições físicas. Sinto-o muito bem, se tivesse de jogar sem a ligadura jogaria. E também vai jogar amanhã [hoje].
— Que diferenças da Liga Europa para a Champions?
— Na Liga dos Campeões olham para nós como um outsider. Na Liga Europa muitos pensam que qualquer resultado que não seja a vitória será mau, na Champions já é diferente. Mas isso é a perceção das pessoas. O Sporting tem outro historial na competição e revela estatuto diferente. É essa a grande diferença. Mas na Liga Europa às vezes há adversários mais desconhecidos e há surpresas… Mas sim, não olham para o Sporting na Liga Europa como olham na Liga dos Campeões.
— Que destaca no Sturm Graz?
— Vale muito pelo seu todo. O 10 [Otari Kiteishvili] impressionou-me na parte ofensiva e defensiva, a forma como pressiona e a capacidade física. Tem central rápido, são muito fortes nos duelos e bolas paradas. Vários jogadores fazem várias posições, extremos muito rápidos e muitas vezes joga pelo meio. A forma como pressionam deixou-me impressionado, a capacidade de pressão e ganhar a bola e fazer contra-ataque.
— O campeonato é mais importante que a Liga Europa?
— O principal objetivo é ser campeão, também porque isso traz a Champions… Na minha cabeça o objetivo máximo é ser campeão. Em caso de dúvida, o principal objetivo é ser campeão, queremos voltar a ser campeões! É esse o objetivo que nos ajuda a guiar-nos ao longo da época.