29 março 2025, 21:58
Proença divulgou ter o apoio de Fernando Gomes, o antecessor… nega
Em causa a candidatura do novo líder da FPF ao Comité Executivo da UEFA
Leões e dragões divulgaram comunicado, tal como o Arouca, SC Braga e Famalicão
Em comunicado divulgado neste domingo, o Sporting diz estar a acompanhar «com grande preocupação os recentes acontecimentos que envolvem a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e as suas potenciais repercussões na representação do futebol português junto da UEFA».
O emblema liderado por Frederico Varandas entende que este é um «momento importante para o futuro do futebol nacional», tendo em conta projetos como o Campeonato do Mundo de 2030 e a candidatura ao Campeonato da Europa de Futebol Feminino de 2029, pelo que «considera fundamental que Portugal mantenha uma voz ativa e influente nos órgãos de decisão do futebol europeu».
O Sporting acrescenta que «uma eventual perda de representação portuguesa no Comité Executivo da UEFA poderá comprometer a defesa dos interesses do futebol, fragilizando a posição de Portugal nas grandes decisões estratégicas do futebol europeu e mundial».
Nesse sentido, o comunicado termina com um apelo à «necessidade de estabilidade, bom senso e responsabilidade na gestão do futebol nacional, para que o país continue a ser um interlocutor respeitado e relevante no panorama internacional».
O COMUNICADO DO SPORTING, NA ÍNTEGRA:
O Sporting Clube de Portugal acompanha com grande preocupação os recentes acontecimentos que envolvem a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e as suas potenciais repercussões na representação do futebol português junto da UEFA.
Num momento importante para o futuro do futebol nacional, em que estão em causa projectos estruturantes como a organização do Campeonato do Mundo de 2030 e a candidatura ao Campeonato da Europa de Futebol Feminino de 2029, o Sporting CP considera fundamental que Portugal mantenha uma voz activa e influente nos órgãos de decisão do futebol europeu.
Uma eventual perda de representação portuguesa no Comité Executivo da UEFA poderá comprometer a defesa dos interesses do futebol, fragilizando a posição de Portugal nas grandes decisões estratégicas do futebol europeu e mundial.
O Sporting CP reforça, por isso, a necessidade de estabilidade, bom senso e responsabilidade na gestão do futebol nacional, para que o país continue a ser um interlocutor respeitado e relevante no panorama internacional.
Esta posição do Sporting surge na sequência da polémica acentuada na última semana, com Pedro Proença a fazer referência a um suposto apoio de Fernando Gomes, antecessor na presidência da Federação Portuguesa de Futebol, no âmbito da eleição do Comité Executivo da UEFA, algo que reiterou publicamente neste sábado, à margem de um evento da Associação de Futebol do Porto.
«Quero dizer que o Dr. Fernando Gomes tem feito um trabalho exemplar no apoio à minha candidatura ao Comité Executivo da UEFA. O apoio que já foi consagrado, no que me diz respeito, a mim e à FPF, dizendo às 55 federações internacionais do apoio do dr. Fernando Gomes. Estamos muito satisfeitos com o apoio do Dr. Fernando Gomes», afirmou, em declarações reproduzidas pela própria federação.
29 março 2025, 21:58
Em causa a candidatura do novo líder da FPF ao Comité Executivo da UEFA
Ora, Fernando Gomes negou esse apoio, e fez questão de enviar também uma carta a presidentes das federações europeias, a dar conta disso mesmo, deixando críticas ao sucessor: «Tenho de dizer-lhe que hoje percebo que não partilhamos uma visão comum para o futebol e o desporto. Pedro Proença escolheu o caminho da destruição do legado que eu e a minha equipa construímos ao longo de treze anos, através de decisões e insinuações públicas que visam atacar o nosso bom nome e que, como se verá, são completamente infundadas», escreveu o agora presidente do Comité Olímpico de Portugal, que garantiu que o seu nome foi utilizado «sem consentimento prévio ou mesmo informação».
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Para esta segunda-feira foi agendada uma reunião de emergência da direção da FPF, decisão sustentada com «gravíssimas insinuações» de Fernando Gomes, na referida carta.
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O FC Porto também reagiu à polémica, em comunicado divulgado já depois da vitória no Estoril, para a 27.ª jornada da Liga. Os dragões manifestam «séria preocupação», e consideram «absolutamente fundamental que Portugal se mantenha representado nas mais altas instâncias reguladoras do futebol internacional (incluindo na UEFA), por forma a assegurar a proteção dos interesses do futebol português a nível europeu e mundial». «É por isso imperioso que se esclareçam os factos relativos a este grave incidente para que episódios semelhantes não se repitam no futuro e para que se restabeleça, de forma prioritária, a cordialidade e a normalidade no relacionamento institucional entre as entidades que regem o desporto em Portugal», conclui a nota portista.
A REAÇÃO DO FC PORTO:
O FC Porto vem manifestar a sua séria preocupação com os elementos hoje tornados públicos no contexto da candidatura ao Comité Executivo da UEFA do atual presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença.
O Desporto português, e o futebol em particular, atravessam uma fase crucial para o seu desenvolvimento. Acresce que Portugal está neste momento envolvido em projetos estruturantes, como a organização do Campeonato do Mundo de 2030 e a candidatura ao Campeonato da Europa de Futebol Feminino de 2029, cujo êxito é crucial para o país.
Nessa medida, é absolutamente fundamental que Portugal se mantenha representado nas mais altas instâncias reguladoras do futebol internacional (incluindo na UEFA), por forma a assegurar a proteção dos interesses do futebol português a nível europeu e mundial.
É por isso imperioso que se esclareçam os factos relativos a este grave incidente para que episódios semelhantes não se repitam no futuro e para que se restabeleça, de forma prioritária, a cordialidade e a normalidade no relacionamento institucional entre as entidades que regem o desporto em Portugal.
O Sporting não foi o único clube a reagir a esta polémica. O Arouca foi mais além, de resto, e também aponta o dedo a Fernando Gomes, ao fazer referência a «declarações despropositadas» que podem «prejudicar, conscientemente, o futebol português». «Apesar disso, acreditamos na competência e capacidade de trabalho do Presidente da Federação Portuguesa de Futebol. Desta forma, manifestamos publicamente o apoio incondicional ao nosso Presidente, desejando que seja eleito para o Comité Executivo da UEFA, honrando assim o legado do futebol português», refere o comunicado do emblema arouquense.
Entretanto, também o SC Braga assumiu posição em comunicado, no qual decidiu «reassumir a sua posição institucional de compromisso com os grandes objetivos do futebol português». Em comunicado bastante idêntico ao do Sporting, os arsenalistas defendem que a perda de relevância no quadro europeu «pode representar um prejuízo coletivo», «beliscando o interesse dos clubes e das associações». «A posição de Portugal nas altas esferas do futebol justifica especial sensibilidade, sob pena de qualquer dano ou oportunidade desperdiçada constituir também uma ameaça potencial para todo o desporto», defende o emblema liderado por António Salvador, que espera um «amplo consenso nacional que priorize o interesse geral do futebol e do desporto».
O COMUNICADO DO SC BRAGA, NA ÍNTEGRA:
A SC Braga, Futebol SAD vem pelo presente, na sequência de informações tornadas públicas nas últimas horas, reassumir a sua posição institucional de compromisso com os grandes objetivos do futebol português, sublinhando que:
A representação internacional e o assento nas mais altas instâncias de decisão é de enorme importância para o futebol português, conforme se constatou ao longo dos últimos anos, e com redobrada oportunidade num ciclo que será marcado por candidaturas e organizações de grandes torneios e eventos, como o Europeu de Futebol Feminino de 2029 ou o Mundial de Futebol Masculino de 2030, de interesse público e impacto económico-financeiro para todo o País;
Toda e qualquer eventual perda de relevância de Portugal no quadro europeu pode representar, igualmente, um prejuízo coletivo para todo o futebol português, beliscando o interesse dos clubes e das associações que formam a sua base;
A posição de Portugal nas altas esferas do futebol justifica especial sensibilidade, sob pena de qualquer dano ou oportunidade desperdiçada constituir também uma ameaça potencial para todo o desporto.
Ciente da importância do atual contexto, a SC Braga, Futebol SAD espera que seja sublinhado um amplo consenso nacional que priorize o interesse geral do futebol e do desporto.
O Famalicão também divulgou um comunicado muito idêntico, a lembrar a organização do Mundial 2030 e a candidatura ao Europeu Feminino de 2029, para deixar o apelo para «um consenso de todas as instâncias nacionais em prol do futebol nacional, de forma a que se mantenha como parte integrante e ativa nos desafios que se seguem no plano internacional».
O COMUNICADO DO FAMALICÃO:
Face às mais recentes informações, o Futebol Clube Famalicão – Futebol SAD vem por este meio demonstrar a sua preocupação com um contexto que poderá influir no futuro do desporto português em termos internacionais. Tendo bem presente a importância de o futebol nacional manter uma significativa representatividade nas esferas de decisão a nível europeu e mundial, cumpre-nos transmitir o nosso desejo e compromisso para que Portugal continue a ter uma voz ativa na UEFA.
Na antecâmara de um período que se avizinha de extrema importância para o futebol português, nomeadamente com a organização do Campeonato do Mundo de 2030 e a candidatura ao Campeonato da Europa de Futebol Feminino de 2029, uma eventual perda de relevância no contexto europeu será severamente prejudicial para o futuro do futebol e desporto nacionais, bem como ter um amplo impacto do ponto de vista económico-financeiro.
Tendo em conta os riscos explanados anteriormente, o Futebol Clube Famalicão – Futebol SAD apela a que haja um consenso de todas as instâncias nacionais em prol do futebol nacional, de forma a que se mantenha como parte integrante e ativa nos desafios que se seguem no plano internacional.
ARTIGO ATUALIZADO
Este circo todo, parece-me que é para tentar esconder aquelas contas manhosas, da venda da sede, por 11,250M. O dinheiro não tem cheiro mas deixa rasto. Vê-se a olho nu, que quem gravita junto ao futebol, vive muito mas muito bem, enquanto que os clubes estão cheios de dividas. As lapas do futebol, são sempre as mesmas agarradas aos tachos. Rua com essa porcaria toda.