Sporting: «Hugo Viana merece tudo», diz Frederico Varandas

NACIONAL20.10.202422:48

A saída do diretor desportivo para o Manchester City abordada na entrevista à RTP. E pode Rúben Amorim seguir também para os ‘citizens’? « Amizades, amizades… com os à parte», aponta o presidente do Sporting

– Terá mais força Frederico Varandas a segurar Rubén Amorim ou Hugo Viana a convencê-lo a ir para o City? Isto não será um triângulo amoroso, mas será um triângulo que foi importante para o sucesso recente do Sporting, não é?

– Foi um triângulo fundamental para o crescimento e para o retomar do verdadeiro Sporting, isto é história, ficará para sempre. Rubén Amorim e Hugo Viana foram fundamentais neste arranque. Obviamente o Hugo Viana é o assunto do momento. O Hugo Viana, obviamente, e aqui do ponto de vista pessoal, merece tudo, não só do ponto de vista profissional, da parte humana. Provavelmente a par do Real Madrid, vai para um dos clubes mais poderosos do mundo, algo que nunca aconteceu em Portugal, um dirigente português a ir para o patamar máximo dos máximos. Isso é mérito dele. Mas também é muito mérito de como o Sporting é visto lá fora. E muitas vezes cá em Portugal há muita trica, aquela telenovela, mas lá fora os clubes bem organizados, os clubes vencedores, olham e veem um clube que se reinventou, veem um clube que dá lucro financeiro e veem um clube que ganha títulos e que valoriza seus ativos. Por isso, obviamente, este é o patamar de excelência que o Sporting é visto lá fora. E para nós Sporting é muito importante que o Hugo Viana tenha sucesso no Manchester City, porque é isso que nós queremos, ser vistos lá fora desta maneira.

– A resposta foi interessante mas não respondeu à minha pergunta.

– Qual?

– O Rúben Amorim será mais facilmente convencido por si a continuar ou mais facilmente convencido pelo Hugo Viana a voar para o norte da Inglaterra?

– Hoje temos uma relação de amizade, os três. Hoje é um facto que Rúben Amorim tem contrato com o Sporting até 2026 e hoje é um facto que o Hugo Viana, para o ano, será o diretor desportivo do Manchester City. Amizades, amizades, com os à parte. O caminho segue e para mim isso não é um assunto. Vivo do que eu controlo e do presente e do futuro.

– E o que vê para o futuro? E por isso tem um plano B, já para uma eventual saída do Ruben Amorim, como teve um plano B para a organização da direção desportiva do Sporting?

– Dá-me um certo gosto pessoal hoje ver muita gente a alertar de uma forma até de certo ponto dramática, como é que vai ser sobre a saída do Hugo Viana e etc. Gosto de relembrar que essas pessoas há seis anos criticavam o Hugo Viana, porque não sabia fazer planeamentos, não sabia organizar o plantel, etc. Fico muito reconhecido, até pelo Hugo, que essas pessoas hoje, sem o dizerem publicamente, fazem uma certa confissão que estavam enganadas. O que eu lhe posso garantir, e o Hugo Viana naquela altura tinha trabalhado poucas semanas como diretor desportivo do Belenenses... Mas nós acreditámos no Hugo Viana e eu sabia o potencial que ele tinha. Da mesma forma que as pessoas que o vão substituir, eu tenho a certeza que daqui a quatro, cinco anos está a vir um City da vida a querer contratá-las. Isso eu também não tenho qualquer dúvida!

– Houve aqui, naturalmente, mudanças na estrutura e também ouvi algumas vozes em público a dizerem que podemos ter um presidente do Sporting que acumule com as funções de diretor desportivo. As coisas vão ser diferentes ou não?

– Estrutura diferente, o resultado será o mesmo. Ficou muito claro que vamos ter um diretor-geral e um diretor de scouting/diretor-técnico. O diretor-geral será sempre a pessoa, mais o diretor operacional de toda a máquina e depois o diretor de scouting/diretor-técnico será a pessoa que continuará a fazer o que fazia e também aconselhará e será o braço direito do treinador na elaboração do plantel juntamente com o presidente. Nada alterou.

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