«Sporting é a equipa mais forte neste momento», reconhece Paulo Sérgio
Treinador do Portimonense pediu aos seus jogadores para darem as mãos e terem sentido de entreajuda, para poderem competir com o leão; As «coisas diferentes» que Viktor Gyokeres deu ao Sporting.
Reconhecendo mérito à campanha do Sporting, «a equipa mais forte neste momento», Paulo Sérgio acredita que, se os seus jogadores forem solidários dentro do campo, terá equipa para competir com os leões neste sábado, às 20:30h, no Portimão Estádio. O treinador dos algarvios falou ainda das soluções que Viktor Gyokeres acrescentou à equipa leonina e o quão difícil é parar o seu coletivo, quando tem a posse da bola.
- O que é que vai mudar na sua equipa para contrariar o resultado registado na última jornada?
«São dois jogos distintos. A qualidade do Sporting é top, provavelmente é a equipa que está mais forte neste momento na liga, a mais confiante, com uma onda à volta da mesma muito positiva, está a viver um momento fantástico. E nós reconhecemos tudo isso. É o primeiro passo para nos prepararmos para a batalha. Portanto, reconhecendo todo esse potencial e esse grande momento que o Sporting vive, que sabemos que nos vai dificultar ainda mais a nossa tarefa, que nunca é fácil contra um adversário deste calibre. Mas temos que fazer aquilo tudo que estiver ao nosso alcance para tirar algo positivo do jogo e isso começa sempre por nós conseguirmos ser competitivos, estarmos concentrados e não darmos brindes. O Sporting tem um processo muito elaborado e como já muitos disseram, que é fácil identificar, mas que não é tão fácil de parar, tanto joga com um jogo ligado, como explora muito bem a profundidade. Temos a lição estudada, cabe-nos a nós agora conseguimos pôr em prática tudo aquilo que fomos trabalhando ao longo da semana para, em primeiro lugar, conseguir competir, porque quando nós conseguimos competir depois tudo pode acontecer. Mas quando nós não competimos por cada bola, por cada lance, por cada espaço e quando não damos as mãos uns aos outros dentro do campo, as devidas compensações e ajudas estarem presentes em todos os momentos em que não se tem bola, dificultamos a nossa própria tarefa e é isso que não pode acontecer, como foi na semana passada. Assim como o entendimento de cada momento do jogo. Isso vai colocar-nos no jogo para nós podermos tirar depois aquilo que queremos explorar e que nos preparámos para os momentos com bola, de sermos uma equipa muito objetiva, muito assertiva naquilo que vai pretender fazer na busca da baliza do Sporting. Mas o primeiro impacto e com toda a humildade, tem que ser saber parar o Sporting».
- As ausências de Sebastian Coates, Gonçalo Inácio, Jeremiah St. Juste e Hjulmand, dão vantagem ao Portimonense?
«O Sporting tem um plantel e um grupo para dar resposta a momentos como este, quando tem algumas ausências, tem outros para fazerem o papel bem feito. Acho que o grupo foi constituído dessa forma».
- Apesar de jogar da mesma forma que no ano passado, a diferença no Sporting tem sido Viktor Gyokeres?
«O que faz a diferença na sua maior parte das vezes é a qualidade. E eu não tenho a menor dúvida que o Ruben (Amorim) está muito mais feliz neste ano, com a introdução desse atleta que está a ter a resposta que todos conhecemos, do que estaria o ano passado, não o tendo. Portanto, mantém as características e os jogadores que já estavam ao seu dispor e depois a introdução de um atleta deste calibre, obviamente que ajuda muito naquilo que são os resultados no final das partidas, porque são estes jogadores que desequilibram os jogos, na maior parte das vezes. Pelas suas características, pela sua potência e sua capacidade, aportou coisas diferentes: sem ele não era tanto pelo atacante do meio que explorava a profundidade, era até mais os das alas. Agora tem as duas opções, tem mais opções à sua disposição, fica mais complicado para os adversários, porque a variabilidade aumentou dentro daquilo que é um modelo que já vem trabalhando há algum tempo. Mas há duas/três características que este atleta aportou à equipa, que são diferentes».
- Qual é a forma de parar um jogador com essas características?
«Será sempre difícil, porque se tu baixas demasiado o bloco, o Sporting tem atletas para jogar entrelinhas e que têm muita qualidade técnica e se tu sobes o bloco, tens o Viktor (Gyokeres) a explorar a profundidade como ninguém. Do equilíbrio e da pressão do portador da bola e do preenchimento dos espaços, das compensações e entreajudas, se poderá parar o coletivo, não é parar um jogador, é parar o coletivo do Sporting, nos momentos em que eles tiverem bola, para também estarmos preparados para, após a conquista da mesma, podermos ser perigosos e podermos também criar dano».