As melhorias no Sporting, a confiança e o bom caminho: tudo o que disse Tiago Teixeira

NACIONAL14:08

Adjunto fez a antevisão ao encontro com o Santa Clara para a Taça de Portugal

 — A equipa ganhou no último jogo. Além disso melhorou os níveis ofensivos. Sentiu essa evolução e se para amanhã, frente ao Santa Clara, o objetivo também passa por dar sequência a esse crescimento. E a nível de disponíveis, o St. Juste recuperou e o Gonçalo Inácio já está restabelecido?

— Em relação ao último jogo sentimos que evoluímos, mas já tínhamos sentido ao longo dos últimos jogos, principalmente ofensivamente em que tivemos muito mais oportunidades de golo. Estivemos mais tempo perto da área adversária e defensivamente permitimos muito pouco, mas, infelizmente, nas poucas situações que concedemos ao Boavista eles acabaram por concretizar. Mas fizemos muitas coisas boas, principalmente com bola e é nisso que nos temos de focar. continuar a manter este caudal de ofensivo e ter mais critério em tudo o que fazemos defensivamente porque analisámos bem o jogo e foram detalhes, foram apenas detalhes.  São esses detalhes que temos de corrigir no próximo jogo e continuar a dominar, a ter mais posse e mais oportunidades como aconteceu no último jogo.  Em relação ao último boletim clínico, continuam os mesmos lesionados e o St. Juste recuperou e temos alguns jogadores em dúvida, o Inácio ainda vai estar em dúvida e temos mais jogadores em dúvida. Porém,  vão jogar os que estiverem mais aptos para este jogo. 

— O Sporting sofria poucos golo e agora há permeabilidade defensiva. O que mudou?

— Sim, desde o primeiro jogo que foi contra o Amarante que já não tivemos todos os  jogadores disponíveis, alguns estavam ou não limitados a nível de tempo de utilização,  outros vieram condicionados das seleções, outros estavam lesionados e acabámos por ter isso quase durante todos os jogos. Jogaram um pouco em função das pequenas lesões, dos pequenos condicionamentos, da gestão de minutos e nunca conseguimos ter uma estabilidade em termos de linha defensiva. Outro dos critérios que nós achamos que tem sido prejudicial é não conseguirmos treinar, pois jogamos de  três em três dias. Há pouco tempo para treinar, há pouco tempo para corrigir treinando. Temos feito um trabalho de posicionamento em vídeo. Mas não é o mesmo quando conseguimos ter uma semana limpa para treinar. Mesmo assim, estamos confiantes e temos alguma evolução de jogo para jogo a nível defensivo,  permitimos menos oportunidades. Lá está, são apenas esses detalhes. Às vezes o posicionamento, disputar uma bola numa segunda linha ou estar ligeiramente mais próximo do colega, são situações que podem ser corrigidas facilmente. E estamos confiantes que já vamos melhorar no próximo jogo. 

— Foi-se dizendo que o Sporting precisava vencer para virar aquela página dos resultados negativos e isso aconteceu na última jornada. Pergunto-lhe se sentiram depois do jogo, agora nestes dias se a equipa virou essa página, que existe uma maior confiança dos jogadores e também uma maior recetividade por parte do plantel para as ideias desta equipa técnica? 

— Sim,  como já tinha referido, foi visível desde a primeira derrota que tivemos uma grande vontade de querer dar uma resposta por parte do plantel, uma grande vontade de querer regressar às vitórias e um empenho constante.  E se verificarmos todos os jogos que fizemos até agora, entrámos  sempre muito bem nos jogos; foi aquela resposta que os jogadores queriam dar, que estavam dispostos a dar. Se calhar faltou nos jogos conseguirmos fazer o segundo golo para ter alguma tranquilidade, mas, sinceramente, acho que estamos no bom caminho e estamos estáveis a nível emocional para dar continuidade a esses bons resultados.

—No sábado, no final do jogo, o João Pereira falava que não se sentia incomodado com as notícias do interesse do Sporting em contratar um novo treinador, neste caso o Abel Ferreira. A verdade é que durante estes dias continuamos a ver notícias algumas notícias nesse sentido. A equipa técnica teve alguma garantia por parte da Direção do Sporting,  neste caso de Frederico Varandas, para também vos tranquilizar e para dar a estabilidade que certamente querem e necessitam nesta altura?

—  A tranquilidade que sentimos hoje é a que sentimos desde o primeiro dia, nada mudou. Estamos completamente focados no trabalho que temos para fazer, agora, quer seja agora ou quer seja no primeiro dia.

— Existe o hábito de trocar de guarda-redes na Taça de Portugal, também tendo em conta que o Franco Israel teve uma situação menos positiva no último jogo. Se calhar, psicologicamente, vão  preferir dar-lhe esse voto de confiança. Será assim? Falou de alguns jogadores em dúvida. Quem são esses elementos?

—  Nós confiamos nos jogadores a 100% e, como já tinha referido, vão jogar os que estiverem mais aptos. Temos alguns em dúvida.  Realmente, o Eduardo Quaresma saiu tocado do último jogo. O Franco Israel também saiu com algumas queixas fruto de uma situação que já tinha anteriormente. O Gonçalo Inácio continua também sob avaliação.  Temos alguns jogadores com muitos minutos que fizeram quatro jogos seguidos.  Vamos ter de analisar isso tudo e decidir quem realmente está mais apto. Certamente , será a melhor equipa ou os jogadores que estão mais aptos que vão entrar em campo.  Em relação ao Franco, é um o problema físico. Aqui não há rotatividade. São os mais aptos, são os que achamos que estão mais preparados para jogar que estarão no onze.

— Qual o seu papel em campo, porque é um bocado ingrato,  tem de fazer o papel do treinador principal. Isso acarreta dificuldades?

— O meu papel é como o papel de outro elemento da equipa técnica. Cada um tem as suas funções bem definidas.  Neste caso, esta é a minha função e os outros elementos têm as suas funções. Acho que não há nada de especial a dizer sobre isso.  Muitas vezes estou eu em pé a dar indicações.  Outras vezes pode estar o João Pereira, ou o o José Caldeira, outras pode estar o Pina. Cada um tem o seu papel no treino, cada um tem o seu papel no jogo.  Todos sabem o que é que têm de desempenhar. 

— Mas para a equipa, não ter ali o treinador principal não afeta? 

— Chegamos ao jogo e não é no jogo que nós vamos alterar as coisas. Tudo já foi feito ao longo da semana e todas as coisas já estão estabelecidas.  O que nós queremos para o jogo já foi estabelecido durante a semana.  Durante o jogo são apenas pequenos problemas e acho que isso não vai influênciar em nada.

— Este jogo é de Taça, mas entre o encontro do Sporting e o do Benfica os encarnados perderam pontos. Pergunto-lhe se esta perda de pontos do Benfica se deu um novo alento à equipa, se foi uma espécie de balão de oxigénio?

— Os  objetivos do Benfica ficam para o Benfica.  Nada relacionado com o Benfica influência este jogo. Apenas pensámos e observámos o último jogo do Santa Clara que também teve um resultado que não foi positivo para eles.  Esse é que realmente pode ter impacto neste jogo e só nisso é que nós nos vamos focar. 

— O Santa Clara impôs a primeira derrota ao Sporting para a Liga. Isso pode ter peso psicológico na equipa para esse jogo de amanhã?

 — Sinceramente não. Os jogadores e nós fizemos análise do jogo contra o Santa Clara e ainda hoje podemos ver mais imagens e o resultado é completamente enganador com o que se passou durante todo o jogo. Tivemos muito mais oportunidades de golo. Eles tiveram duas oportunidades claras de golo durante o jogo e marcaram numa. Todos sabemos que isto no futebol pode acontecer.  Nós termos 20 remates,  criarmos duas ocasiões de golo como aconteceu nesta primeira parte contra o Boavista e irmos para o intervalo de empatados... Pode acontecer. Não achamos que possa acontecer muitas vezes e esperamos que o resultado seja diferente já amanhã.