Governo anuncia 65 milhões para «desenvolvimento do desporto e formação de campeões»
Anunciado contrato-programa que inclui valores adicionais para o investimento no desporto nacional; documento contempla cinco medidas e 14 diferentes programas a implementar nos próximos quatro anos
Foi anunciado esta terça-feira o contrato-programa para a área do desporto para o período 2024-2028, que contempla 65 milhões de euros mínimos adicionais previstos para o desporto em Portugal, numa cerimónia realizada no Comité Olímpico de Portugal (COP) e que contou com presenças e discursos do presidente do COP, Artur Lopes, do ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, e ainda o primeiro-ministro, Luís Montenegro, que revelou que a origem do documento teve lugar na sua presença nos últimos Jogos Olímpicos, no verão.
O contrato-programa, intitulado Investir no Desporto, Ganhar o Futuro, contempla 65 milhões de euros de investimento a distribuir por cinco diferentes medidas – infra-estruturas desportivas e Centros de Alto Rendimento (27 milhões), Desenvolvimento Desportivo, Inovação e Investigação (15 milhões), Inclusão e Desporto para Todos (12 milhões), Alto Rendimento Desportivo e Carreira Dual (6 milhões) e ainda Formação e Certificação (5 milhões) – e ainda 14 programas, reconhecendo-se que este valor é ainda reduzido para colmatar as várias necessidades do desporto olímpico nacional.
Ainda assim, Montenegro reforçou que os valores disponibilizados são «um enormíssimo acréscimo na disponibilidade financeira para a área do desporto. Vai produzir resultados que vão muito para além daquilo que se vai ver nas próximas Olimpíadas», considerou o chefe de Governo nacional, satisfeito com a medida tomada perante uma plateia que incluía o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, vários dirigentes de diferentes de diferentes federações e antigos medalhados olímpicos que foram utilizados como casos de sucesso para sustentar o contrato-programa apresentado.
A meta passa por «ter mais pessoas a praticar desporto, menos obesidade e mais inclusão de pessoas com deficiência», defendendo Montenegro que deve assacar-se ao desporto «o papel de dar à sociedade condições de desenvolvimento humano, intelectual, desenvolvimento anímico e também a formação de campeões».
Já o anfitrião da cerimónia, o presidente do Comité Olímpico de Portugal, Artur Lopes, destacou a oportunidade histórica que este contrato-programa poderá colocar. «O desporto português enfrenta um novo paradigma de valorização, modernização e implementação de práticas; este contrato não é o fim disso mesmo, é o ponto de partida para uma transformação estrutural, melhorada na gestão das políticas desportivas no nosso país», colocou o responsável máximo pelo olimpismo português.