P. Ferreira-V. Guimarães, 1-3 Soube ser grande o Paços, mas o Vitória foi maior
Conquistadores tiveram pressa de ganhar e marcaram cedo, a abrir a primeira e a segunda partes. Castores reagiram bem, pressionaram e criaram mais oportunidades, mas faltou-lhes a eficácia da equipa visitante
Que bela tarde de Taça esta que se viveu no estádio Capital do Móvel, com as duas equipas a proporcionarem um bom espetáculo, com futebol intenso, bem jogado, com lances desenhados com talento e arte e, sobretudo, com emoção do princípio ao fim.
Contribuíram para isso um Paços de Ferreira que, apesar de disputar o escalão secundário, soube ser grande e um Vitória de Guimarães batalhador, que levou o adversário muito a sério e que só se superiorizou na eficácia — merecendo, por isso, seguir em frente na competição, apesar da exibição muito competente da equipa da casa.
Estavam cheios de pressa os conquistadores, tanto na primeira quanto na segunda partes. A semana será de Liga Conferência, com visita aos suecos do Djurgarden na quinta-feira, e, por isso, quanto mais cedo tratassem do assunto, melhor. A intenção era clara e deu frutos logo ao minuto 3, quando Bruno Gaspar, servido com um calcanhar soberbo de Samu, disparou para um grande golo!
Tremia o Paços, mas... não se encolhia. Antes pelo contrário. Os castores resistiram, no quarto de hora seguinte, à forte pressão vimaranense e lançaram-se dominantes para o que restou da primeira parte. A confiança do conjunto visitante, quinto classificado da Liga principal, parecia perder-se à medida que crescia a crença pacense, muito por conta da intensidade e agressividade com que lutava a meio-campo.
Adivinhava-se o golo do empate a qualquer instante e este surgiu a um minuto do intervalo quando, após domínio soberbo, Pavlic — o melhor em campo da primeira parte — serviu na perfeição para o disparo de pé direito de Rui Fonte. O 1-1 era resultado justo quando todos saíram para o descanso.
Começava a segunda parte e os sinais evidenciavam uma cópia da primeira: golo do Vitória a abrir, apontado por Samu, de livre direto, com ligeiro desvio em Antunes a enganar Jeims (50'), seguido de reação imediata do Paços, pressionando forte no miolo e surgindo com mais perigo junto da baliza de Charles, destacando-se o cabeceamento ao poste de Lumugo, aos 61'.
Desta vez, porém, os homens do Castelo decidiram que o filme da metade inicial não podia repetir-se na final e, subindo as linhas de pressão nos derradeiros 20 minutos, voltaram a controlar o jogo e ainda chegaram ao 3-1, já no tempo de compensação, por conta de um grande remate de João Mendes.