Paris Saint-Germain Sindicato pressiona acordo entre o clube e Mbappé
O presidente da União Nacional dos Futebolistas Nacionais (UNMP) de França – a organização de classe dos jogadores, equivalente no país ao Sindicato dos Jogadores de Futebol Profissional (SJPF) em Portugal – saiu a terreiro na polémica quanto ao braço-de-ferro entre o Paris Saint-Germain e Kylian Mbappé, ante a perspetiva de o profissional ficar um ano parado (até final do contrato, a 30 de junho de 2024) por decisão dos dirigentes do emblema parisiense como represália por não aceitar a transferência para o Al Hilal (Arábia Saudita), que apresentou uma proposta de €300 M pela estrela, que se recusa a renovar e ainda não aceitou a proposta do clube de Riade, treinado pelo português Jorge Jesus.
«Seremos obrigados a pedir ao PSG que respeite a lei, ou seja, que permita que o jogador se treine normalmente e que o ponha a jogar. Caso contrário, isso iria tornar-se assédio. Para um jogador menos conhecido, é mais fácil justificar o facto de não jogar, mas sendo o melhor jogador do mundo, ou um dos melhores, é difícil esconder que se trata de uma sanção», afirmou, em declarações à RMC, o presidente da UNFP, Philippe Piat, de 81 anos, antigo líde da FIFPro (organização que reúne todas as associações de classe dos jogadores do planeta) entre 2013 e 2021.
A pressão sobre o PSG para não ‘desvalorizar’ o ativo Mbappé – que os responsáveis parisienses temem que não se importe de ficar parado uma época para, no verão de 2024, assinar livre… pelo Real Madrid, nada sendo o emblema da cidade-luz ressarcido dos €180 M investidos no ídolo francês – chegou pela voz do vice-presidente da UNFP, David Terrier de 41 anos, que lembrou que Mbappé não terá só direitos, mas também obrigações, mesmo ante a tensão latente entre as duas partes e as posições divergentes.
«Os jogadores afastados [do plantel] terão de regressar ao grupo, conforme é especificado nos respetivos contratos de trabalho. [...] Mas se o deixarem no banco [a Mbappé], não é ilegal. Por outro lado, é obrigado a treinar-se com o grupo de profissionais», alertou Terrier, ante uma novela que está a prender a atenção dos franceses e de todos os amantes do desporto-rei mundial, face à realidade de, neste momento, Mbappé, uma das estrelas mais cintilantes da equipa, não estar a jogar, nem se vislumbrar solução para desbloquear situação que a nenhuma das partes agrada.
Veja, nos ‘tweets’ em anexo, os alertas dos dois principais responsáveis da associação de classe dos profissionais de futebol franceses sobre o caso e o seu enquadramento, a confirmarem que o PSG tem balizas legais ao seu arbítrio, e Mbappé - a quem o Al Hilal oferece, alegadamente, €700 M de salários por uma época, recorde-se... mas ainda não aceitou - à sua ação: