Seleção falha goleada, apanha 'susto', mas derrota Países Baixos com justiça
Portugal podia ter saído para o intervalo com resultado volumoso, em função de ter tido seis bolas nos ferros; neerlandeses chegaram a passar de 0-2 para 2-2, mas comandados de Jorge Braz recuperaram o controlo e mereceram a vitória
Na verdade, poderia ter sido uma goleada, atendendo ao número de situações de que Portugal dispôs para marcar na primeira parte de uma partida ante os Países Baixos que, assim que começou...estabelecia-se um recorde, de internacionalizações pela equipa nacional de futsal, por João Matos, que cumpria o 209.º jogo. A equipa nacional passaria por um susto no segundo tempo, quando o adversário anulou uma diferença de 2-0 para 2-2, mas a equipa nacional reagiu de imediato e venceu com justiça (4-2).
Em dia de recorde, Portugal parecia querer estabelecer outro recorde...mas de bolas nos ferros, perante aquela que, à primeira vista, será a principal concorrente pela liderança do grupo, os Países Baixos.
Apesar de o 1-0 poder indiciar algum equilíbrio, este...não aconteceu e a equipa portuguesa colecionou, apenas no primeiro tempo, seis bolas nos postes e as duas primeiras ainda nos primeiros cinco minutos. Pany Varela e Tiago Brito abriram as hostilidades e oportunidades sucediam-se para Portugal, mas os Países Baixos tinham resistência...férrea (literalmente) e Kutchy, aos 7', e Lúcio Rocha, aos 9', atiravam ao poste direito.
Numa invulgar tendência pelo ferro, seguiram-se dois lances de ressalto que embateram em cada um dos postes, aos 10 e 13', e Portugal apenas suplantou essa inusitada pontaria aos 15' com a abertura do marcador, através de um remate rasteiro de Tiago Brito.
Motivado por uma primeira parte de domínio, a equipa lusa precisou de apenas dois minutos na segunda metade para ampliar a vantagem numa pressão alta bem efetuada por Kutchy, que permitiu a Diogo Santos atirar para golo apenas perante o guarda-redes.
Os Países Baixos pareciam rendidos à superioridade portuguesa mas, quando nada o fazia esperar, anularam a vantagem com dois golos separados por um minuto.
Ouaddouh, num lance que parece precedido de falta sobre André Coelho, e Ceyar que surgiu isolado no meio-campo português, empataram o resultado...mas apenas de forma momentânea, já que no minuto seguinte, aos 29’, Pany Varela foi protagonista, com um remate indefensável de meia distância aos e já perto do final, a apenas 57 segundos do final, Pany bateu canto para a finalização certeira à entrada da área de Diogo Santos, que bisou na partida e fixou o 4-2 final.
Portugal acabou por vencer, mas de forma escassa tendo em conta o número de situações de finalização de que dispôs, mas cumpriu o objetivo de somar a segunda vitória e isolar-se no topo do agrupamento, destacando-se precisamente em relação ao seu opositor, com quem dividia a liderança.