Rodrigo Zalazar e João Moutinho regressaram para… resolver. Internacional uruguaio marcou o primeiro golo, antigo internacional português selou o apuramento. Jónatas Noro estreou-se na elite bracarense
A teoria podia deixar antever um final de tarde mais tranquilo, uma vez que pela frente estava um adversário que milita na Liga 3, mas a verdade é que o SC Braga teve de suar (e de que maneira!) para levar de vencido o 1º Dezembro (2-1) e garantir o apuramento para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal.
Apesar de terem realizado uma exibição apenas razoável, a verdade é que os guerreiros do Minho conseguiram o principal objetivo – seguir em frente na prova rainha, competição que já conquistaram por três vezes no seu historial (1965/1966, 2015/2016 e 2020/2021) -, pelo que o sonho de mais uma caminhada gloriosa continua bem vivo.
Técnico (entretanto de regresso ao clube) guiou os arsenalistas à glória na época 2020/2021. Matheus, Tiago Sá, Lukas Hornicek, André Horta e Ricardo Horta faziam parte desse plantel. Arranque em Sintra
E além do mais importante, a vitória, os arsenalistas podem extrair outros dados de extrema relevância no que concerne à deslocação a Sintra. Desde logo, o regresso de dois consagrados à competição: Rodrigo Zalazar e João Moutinho. O internacional uruguaio estava ausente há mais de um mês – tinha jogado pela última vez no dia 15 de setembro, no dérbi com o Vitória de Guimarães (0-2), a contar para a 5.ª jornada da Liga -, o antigo internacional português já não jogava há mais de dois meses – desde o duelo com o Servette (2-1), para a 2.ª mão da 3.ª pré-eliminatória da Liga Europa, a 15 de agosto.
O peso do regresso de dois elementos que, em condições normais, são titulares indiscutíveis deste SC Braga, ficou, de resto, bem refletido em dois momentos individuais. Afinal, Rodrigo Zalazar e João Moutinho foram absolutamente decisivos nesta partida da Taça de Portugal, já que ambos marcaram os dois golos que selaram a qualificação dos arsenalistas. Zalazar teve cabeça para inaugurar o marcador, aos 22 minutos, Moutinho teve régua e esquadro para, de livre direto, pintar uma obra de arte (que golaço!) que acabou por ser o desenho perfeito para o 2-1, já no último suspiro do desafio.
Demonstração de qualidade, força e vontade da equipa de Sintra que só caiu nos últimos segundos dos descontos. Carlos Carvalhal disse que não daria rebuçados a ninguém e… nem poderia porque do outro lado esteve sempre um adversário a prometer uma surpresa. Zalazar e Moutinho regressaram, marcaram os golos, e o técnico bracarense agradece…
Este cenário acabou por ser perfeito para o sucesso coletivo – impediu o prolongamento e o desgaste físico que daí adviria, isto com o jogo com o Bodo/Glimt, para a Liga Europa, já na quarta-feira… -, mas também para o individual.
Neste caso, de Jónatas Noro. O jovem defesa-central, de apenas 19 anos, estreou-se de forma absoluta na elite bracarense, tendo sido titular e realizado uma exibição de bom nível no eixo da retaguarda. O internacional sub-20 português foi o mais recente atleta formado no SC Braga lançado por Carlos Carvalhal na equipa principal, onde aspira continuar a somar minutos no futuro. Para já, os sonhos do menino tiveram a patente dos consagrados.