Rúben Dias: «Não quero saber se somos ou não favoritos»
Jogador do Manchester City fez a antevisão à estreia de Portugal no Euro 2024, diante da Chéquia
Em entrevista à Sport TV, Rúben Dias, defesa da Seleção Nacional, falou das aspirações portuguesas para a estreia. O jogador do Manchester City confessou haver uma «boa ansiedade» para o jogo de Portugal com a Chéquia, destacou a evolução do espírito de grupo e assumiu não se importar com o rótulo de favoritismo que muitos atribuem ao conjunto das Quinas.
O que podemos esperar? Alguma ansiedade especial para esta estreia?
Boa ansiedade, bom nervosismo, são sempre bem-vindos, especialmente nestas competições. Acima de tudo, uma seleção com muita vontade.
Os checos colocam Portugal como favorito a ganhar o grupo. Vêem isso com bons olhos ou pode ser uma armadilha?
Podemos ver como quisermos. No final do dia, temos de pensar em nós. No que temos de fazer, nos pequenos aspetos em que temos de crescer. Amanhã é dia de começar.
Os companheiros têm elogiado o espírito deste grupo. O que é que este grupo tem de especial, comparado com os outros?
Desde que estou na seleção, para ser sincero, acho que nunca tive um princípio de mau ambiente. Como é óbvio, quanto mais tempo passamos juntos, melhor vai sendo o relacionamento, mais confiança temos entre todos. Já são algumas presenças em que estive presente, mas também a maior parte desta equipa. Em momentos como este, de nervos e ansiedade, passarmos por eles e pelas dificuldades juntos acho que isso nos faz crescer mais que qualquer outra coisa.
A Chéquia já mudou de treinador depois da qualificação. Coloca-vos alguma dúvida ou sabem exatamente como vão jogar amanhã?
Há sempre um fator de imprevisibilidade. Essencialmente, temos claramente uma idea de como podem jogar, obviamente pode haver alterações. Até com a equipa mais previsível do Mundo pode haver algo, especialmente com mudança de treinador. Mas temos uma ideia e sabemos que, se queremos ser bem sucedidos, temos de estar num nível alto.
Os portugueses têm passado uma vida a dizer que somos mais candidatos que favoritos. Este Europeu, temos ouvido falar em favoritismo. Somos, de facto, favoritos?
Para mim, sinceramente, é indiferente ser favorito ou não. Sabemos que temos uma seleção com muita qualidade, mas que só isso não nos vai levar a lado nenhum. As nossas expectativas têm de ser aquilo que vamos mostrar ao longo da competição. Cada vez que estamos juntos, é um momento e em cada momento desses, a equipa apresenta-se de uma maneira. Seja o estágio em setembro, em novembro, em cada período destes há sempre uma flutuação. Afinal de contas, estamos sempre no espaço de seleção, mas cada um vem do seu clube. Trata-se da capacidade de, neste momento específico em que nos encontramos outra vez, de nos ligarmos outra vez, ultrapassar a primeira dificuldade outra vez e sentir em que níveis temos de melhorar e ter essa capacidade e aceitar esse desafio. Tal como dizia antes, passar pelas dificuldades faz-nos crescer e esta equipa já cresceu muito.