Candidato à presidência gostou de ver o resto do estádio a apoiar a equipa
André Villas-Boas criticou a direção do FC Porto por não ter informado as claques do roubo das suas tarjas que se encontravam no Museu portista quando este aconteceu, há cerca de duas semanas.
Elementos dos Super Dragões e do Coletivo Ultras 95, de ânimos exaltados, quiseram obter explicações dos responsáveis do museu; polícia chamada ao local; este sábado, na Croácia, as faixas surgiram nas mãos da Torcida Split, claque aliada dos No Name Boys; terão sido roubadas no dia do 5-0 ao Benfica
«O FC Porto, por decisão própria, não comunicou aos sócios quando as tarjas foram roubadas. Desconhece-se as razões pelas quais o fez, mas vem em linha com uma série de ações que a direção está a tomar e continua a não informar os sócios», disse aos jornalistas, recordando que colocou uma carta registada para que os sócios sejam esclarecidos de vários negócios do clube.
Candidato comentou o caso do roubo das tarjas das claques do museu
Perante a não comunicação, continuou, «acabou por acontecer pior»: «Os sócios não foram informados, os representantes das claques não foram informados e, no movimento das claques, o roubo de uma tarja é sagrado. A constatação desta realidade foi omitida e as claques acabaram por reagir daquela maneira ostensiva.»
Faixas foram exibidas este sábado pelos ultras do Hajduk Split, claque aliada dos No Name Boys
O candidato à presidência do FC Porto gostou de ver a reação dos restantes adeptos ao protesto das claques: «Acabou por unir o resto das bancadas em torno do FC Porto. As claques acabaram por decidir por aquele protesto, é lamentável, mas fruto da não comunicação da direção com os mesmos. Os adeptos, após terem visto a saída das claques, animaram o estádio e continuaram a apoiar a equipa e a vitória foi conseguida, que é o mais importante.»
Villas-Boas recusou associar este apoio do resto do estádio à sua candidatura. «Não tem de se misturar. O protesto tem a ver com o roubo de tarjas comunicado duas semanas depois e não tem nada a ver com o ato eleitoral. O FC Porto tem de se unir em torno da sua equipa, do símbolo e do clube e assim o fez, em substituição das claques, que tanto animam às vezes o ambiente no Dragão. Foi uma forma de os sócios apoiarem a sua equipa e foi uma boa resposta. O que é de lamentar é a atuação da direção, que continua a assistir impávida e serena e sem comunicar com os seus sócios, como se nada fosse, e chutando para canto tudo o que é verdades que lhes custam», concluiu.
Dragões emitiram comunicado; referem que assalto ao museu ocorreu no início deste mês e que foi apresentada queixa nas autoridades; suspeitos identificados por videovigilância