Roubo das tarjas: Villas-Boas culpa direção do FC Porto por não informar as claques
As faixas roubadas do museu do FC Porto apareceram no jogo deste sábado do Hajduk Split

Roubo das tarjas: Villas-Boas culpa direção do FC Porto por não informar as claques

NACIONAL17.03.202412:46

Candidato à presidência gostou de ver o resto do estádio a apoiar a equipa

André Villas-Boas criticou a direção do FC Porto por não ter informado as claques do roubo das suas tarjas que se encontravam no Museu portista quando este aconteceu, há cerca de duas semanas.

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Elementos dos Super Dragões e do Coletivo Ultras 95, de ânimos exaltados, quiseram obter explicações dos responsáveis do museu; polícia chamada ao local; este sábado, na Croácia, as faixas surgiram nas mãos da Torcida Split, claque aliada dos No Name Boys; terão sido roubadas no dia do 5-0 ao Benfica

«O FC Porto, por decisão própria, não comunicou aos sócios quando as tarjas foram roubadas. Desconhece-se as razões pelas quais o fez, mas vem em linha com uma série de ações que a direção está a tomar e continua a não informar os sócios», disse aos jornalistas, recordando que colocou uma carta registada para que os sócios sejam esclarecidos de vários negócios do clube.

Perante a não comunicação, continuou, «acabou por acontecer pior»: «Os sócios não foram informados, os representantes das claques não foram informados e, no movimento das claques, o roubo de uma tarja é sagrado. A constatação desta realidade foi omitida e as claques acabaram por reagir daquela maneira ostensiva.»

O candidato à presidência do FC Porto gostou de ver a reação dos restantes adeptos ao protesto das claques: «Acabou por unir o resto das bancadas em torno do FC Porto. As claques acabaram por decidir por aquele protesto, é lamentável, mas fruto da não comunicação da direção com os mesmos. Os adeptos, após terem visto a saída das claques, animaram o estádio e continuaram a apoiar a equipa e a vitória foi conseguida, que é o mais importante.»

Villas-Boas recusou associar este apoio do resto do estádio à sua candidatura. «Não tem de se misturar. O protesto tem a ver com o roubo de tarjas comunicado duas semanas depois e não tem nada a ver com o ato eleitoral. O FC Porto tem de se unir em torno da sua equipa, do símbolo e do clube e assim o fez, em substituição das claques, que tanto animam às vezes o ambiente no Dragão. Foi uma forma de os sócios apoiarem a sua equipa e foi uma boa resposta. O que é de lamentar é a atuação da direção, que continua a assistir impávida e serena e sem comunicar com os seus sócios, como se nada fosse, e chutando para canto tudo o que é verdades que lhes custam», concluiu.