«Roger Schmidt? Isso não é negócio meu»
Treinador do Palmeiras comentou, à chegada ao aeroporto do Porto, a contestação ao técnico dos encarnados
Abel Ferreira nega contactos com o Benfica para substituir Roger Schmidt: «Isso não é negócio meu», e reforça «o quão difícil é ser treinador».
À chegada ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, o treinador do Palmeiras abordou vários temas relativos ao futebol português, e vincou que a responsabilidade está do lado dos dirigentes: «Esse negócio não é meu. O futebol é isso. Por isso é que é tão difícil estar três anos num clube. O exemplo do Roger Schmidt pode ser o exemplo do Rúben Amorim, ou do Sérgio Conceição. Não vamos ganhar sempre. Eu recebi o prémio de melhor treinador do Brasileirão e fiz questão de o partilhar com todos os treinadores brasileiros, porque sei o quão difícil é ser treinador. Hoje estou bem, mas amanhã posso estar mal. O importante é que quem lidera o clube confie no treinador que foi campeão, confie no treinador que lhe deu resultados. Costumo dizer que quando o clube é bem estruturado, cada um sabe aquilo que tem de fazer dentro do campo.»
«O problema são as expectativas. Nós criamos expectativas. Os clubes grandes, seja em Portugal, seja na China, seja no Brasil, têm sempre muitas expectativas. Aqui, em Portugal, há três ou quatro clubes que lutam pelo título. No Brasil são 12, em Espanha são dois ou três, em Inglaterra cinco ou seis... Portanto, se no Brasil são 12 e só um é que ganha, neste momento estão os outros todos estão a ser contestados porque não ganharam e têm de trocar de treinador. Não é assim. Mas essa não é a responsabilidade do treinador, é de quem dirige», sublinhou.