Famalicão, FC Porto, 1-1 Ricardo Silva: «Demos uma imagem de organização, competência e talento»

Treinador interino do Famalicão falou aos microfones da Sport TV e reagiu ao empate frente ao FC Porto

Quando se defronta uma equipa que luta por um título e se sai com um ponto, as sensações devem ser boas..

Sim, de facto, aquilo que perspetivei ontem para este jogo acabou por aparecer em campo. Os jogadores deram-me uma tranquilidade muito grande, como disse durante a semana, de que estavam identificados com o que tinham para fazer, de que sabiam como fazê-lo e a verdade é que hoje demos uma imagem muito grande de organização, de competência, de talento, não só individual, mas também coletivo, eles trabalharam como uma equipa. Nós estamos cheios de orgulho, porque aquilo que eles fizeram mostra que há caminho para fazer aqui em Famalicão e que é possível fazer algo mais do que aquilo que está neste momento.

Só com essa tranquilidade é que o Famalicão poderia resistir à pressão do FC Porto?

Nós tínhamos uma estratégia para este jogo, face àquilo que analisámos do adversário, que se alterou um pouco. A forma de pressionar do FC Porto, foi um pouco diferente daquilo que estávamos à espera e isso alterou um bocadinho a nossa forma de atuar. Demorou um bocado a passar para dentro essa mensagem e os jogadores estavam a fazer uma coisa sem terem identificado totalmente a alteração que existia ali. Ainda assim, quando a informação chegou, conseguimos ajustar e os jogadores deram uma boa resposta. Todas a gente deve estar orgulhosa destes jogadores.

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Quando se tem uma penálti falhado tão perto do fim, fica alguma frustração? Valoriza mais o ponto conquistado ou fica a frustração por não ter conquistado a vitória?

O ponto conquistado, para mim e para nós, não é o ponto que vai para a tabela, mas o desempenho dos jogadores e aquilo que eles conseguiram hoje para o futuro que se avizinha. Isso foi importante. Obviamente que podíamos ter terminado este jogo com um desfecho que podias ser memorável, mas importa é realçar aquilo que eles construíram para eles e o que se prepara para o futuro que se avizinha.

Conseguir um empate contra um candidato ao título no primeiro jogo como treinador principal é um bom cartão de visita?

Sim, é um bom cartão de visita, mas não tenho, atualmente, vontade de se treinador principal e não o vou ser, em breve. Aquilo que eu escolho levar para o currículo é o que os jogadores foram capazes de identificar, interpretar e pôr em prática. Isso sim, vou levar para o futuro. Os pontos desvalorizo um pouco, porque é de valorizar muito mais aquilo que interpretaram e puseram em prática do que aquilo que foi o desfecho do jogo.

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Quem vier a seguir, leva uma equipa que dá garantias?

Quem vier a seguir recebe uma equipa que foi uma equipa. Onde se vê trabalho coletivo, onde se vê que houve interpretação e execução de ideias e seguramente, tem aqui material para trabalhar e para atingir os objetivos que se vai propor.