FC Porto Recorde os outros dois momentos em que Sérgio Conceição ameaçou 'bater com a porta'
É a notícia do dia no futebol português. Sérgio Conceição, apurou A BOLA, está a ponderar deixar de imediato o comando técnico do FC Porto, na sequência das declarações de Pinto da Costa, que rejeitou a ideia de que tenha havido falta de investimento, enumerando mesmo os valores pagos por alguns jogadores, declarações contrárias às proferidas pelo treinador azul e branco, na conferência de imprensa, depois da eliminação da Liga dos Campeões, frente ao Inter de Milão (ver notícias associadas).
Esta já não é a primeira vez - nem a segunda, diga-se -, que o técnico, de 48 anos, ameaça bater com a porta.
Na primeira é preciso recuar até 25 de janeiro de 2020, após a derrota dos dragões diante do SC Braga, por 0-1, na final da Taça da Liga. Na altura, o treinador apontou para a falta de união dentro do clube, colocando mesmo, de forma pública, na flash-interview, o lugar à disposição.
«Nós temos de olhar para dentro. É preciso responsabilidade coletiva, a começar por mim. Não estou a falar do grupo de trabalho, estou a falar de toda a gente. É difícil. É difícil trabalhar em determinadas condições. Muito difícil. No primeiro ano sem reforços e sem dinheiro. No segundo ano falta de verdade desportiva que houve o ano passado. E este ano sem união dentro do clube. Fica difícil... Por isso, neste momento, o meu lugar está à disposição do presidente», atirou.
A segunda data de 28 de setembro de 2021, depois do FC Porto sofrer uma goleada, no Dragão, frente ao Liverpool, por 1-5, na segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Nessa ocasião, Sérgio Conceição apontou o dedo aos jogadores, referindo que a equipa de juniores «faria um pouco mais» que a formação que esteve em campo.
«Mesmo uma equipa de juniores, como a de sub-19 que hoje empatou com o Liverpool na Youth League, faria um pouco mais do que fizemos hoje. Fui eu que errei na equipa, Foi muito mau. Tenho de falar com o presidente, depois desta figura, perceber se os jogadores ouvem ou não o treinador. A diferença de valores existe e igualamos isso quando temos uma boa organização, quando há intensidade, a que esta prova, a melhor do mundo, merece. Eu não passei a mensagem da melhor forma e aconteceu este desastre. Este desastre, para mim, é vergonhoso», comentou.
Esta é, assim, a terceira vez que Sérgio Conceição pondera deixar o Dragão, onde está desde a época 2017/2018, tendo ainda contrato até 2024. Sob o leme de Sérgio Conceição, os azuis e brancos já conquistaram nove troféus: três campeonatos, duas Taças de Portugal, três Supertaças e uma Taça da Liga.