Presidente do CAC visa CM de Lisboa após ordem de despejo: «Com mentiras e promessas, chutando com a barriga para a frente»
Histórico clube tem de sair das instalações do Sindicato a partir de sexta-feira (dia 26); António Roque lamenta falta de comunicação e o incumprimento na criação do Complexo Desportivo Municipal de Carnide
O Clube Atlético e Cultural da Pontinha (CAC), um dos mais antigos históricos clubes de formação de Lisboa, vai ser despejado, a partir de sexta-feira (dia 26), das instalações que ocupa provisoriamente em Odivelas, pertencentes ao Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol.
A informação foi avançada pelo presidente do clube, António Roque, que responsabiliza a Câmara Municipal de Lisboa por não responder aos «vários e-mails enviados pelo sindicato e pelo próprio clube» desde a época 2023/24.
O dirigente recordou que a ocupação das instalações do Sindicato resulta de um protocolo com a Câmara, assinado quando foram demolidas as anteriores instalações. «Resulta da falta de cumprimento por parte desta na construção do Complexo Desportivo Municipal de Carnide, prometido desde a destruição do nosso complexo [situado no Bairro Padre Cuz, em Carnide] para construção de uma Feira Popular que nunca existiu», assinalou António Roque, lamentando a falta de resposta do autarca Carlos Moedas e do vereador Ângelo Pereira:
«Esta situação foi criada pela Câmara Municipal de Lisboa e tem vindo ao longo destes últimos anos, com mentiras e promessas, chutando com a barriga para a frente»
Por fim, António Roque fez questão de sublinhar que o CAC tem «cerca de 400 atletas, entre eles em desporto adaptado, e um funcionário que vive dentro dessas instalações que, ao ser posto na rua, não terá sítio para viver. E também funcionários que dependem da sua profissão e vencimento».
Fundado em 1974, o CAC organiza há 40 anos o mais antigo torneio de futebol infantil de Portugal. Já contou com figuras como Fernando Gomes, Pedro Proença, João Pereira, Jorge Andrade, entre outros, como patronos do evento.