Pirotecnia causou metade dos 6.099 incidentes em 2022/2023
De todas as ocorrências, 5.648 aconteceram no futebol, 303 no futsal e 148 nas restantes modalidades, com 1.426 indivíduos suspeitos a serem identificados, 242 a ficarem detidos e 482 a serem expulsos ou impedidos de entrar em espaços desportivos
A posse ou uso de pirotecnia originou quase metade dos 6.099 incidentes em recintos desportivos na época 2022/2023. A informação está presente no Relatório de Análise da Violência em Contexto Desportivo (RAViD), ao qual a Lusa teve acesso.
Das 6.099 ocorrências, 5.648 aconteceram no futebol, 303 no futsal e 148 nas restantes modalidades, com 1.426 indivíduos suspeitos a serem identificados, 242 a ficarem detidos e 482 a serem expulsos ou impedidos de entrar em espaços desportivos.
No futebol, que registou uma subida de 48 por cento em relação a 2021/2022, a maior incidência esteve no primeiro escalão, com 2.525, seguindo-se provas europeias (819), escalões distritais (725) e jovens (539).
O uso de pirotecnia foi o principal motivo para sanções (326), registando-se ainda agressões (67), o incitamento à violência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância (37), o lançamento de objetos (28), a invasão da área de espetáculo (13) ou as injúrias (dois).
Sete clubes concentram 66,5 por cento dos adeptos que foram alvo de medidas de interdição.
Os adeptos em causa são maioritariamente homens (96,8%), que residem nos distritos de Lisboa e Porto (26,2% cada) e com idades compreendidas entre os 21 e 25 anos (34,2%). 67,1% integram grupos organizados de adeptos: 95 do Benfica, 64 do FC Porto e 56 do Sporting.