Pinto da Costa visa candidatura de Villas-Boas: «Vi lá inimigos do FC Porto»
Atual presidente dos dragões deixou ainda críticas aos «cobardes que escondem a cara nas redes sociais»
Pinto da Costa voltou a visar André Villas-Boas, em ação de campanha em Arouca.
«Muito interessado se me ia candidatar ou não. E aconselhou-me a que não me candidatasse. Primeiro, porque eu ia ser o presidente dos presidentes. Ia ser o rei da Cantareira, ia ter todas as homenagens, ia ter todas as benesses e depois avisou que em janeiro se me candidatasse, haveria grandes ataques. Isto é textual, embora queiram dizer que não tem nada a ver com a candidatura. Não sei se tem ou não. Se foi da cabeça dele… Agora, foi isto que se passou. E quando, passados uns meses, fizeram um programa sobre a minha vida e foram ouvidos testemunhos. Toda a gente disse bem, também se alguém dissesse mal cortavam. (risos). Não era eu que cortava, porque acho que até devia aparecer. Mas viram as declarações do candidato Villas-Boas. Eu era o presidente dos presidentes, eu era isto, até o meu sentido de humor disse que apreciava. É só ver o que ele disse. Quando apresentou o seu programa, voltou a dizer que eu era o presidente dos presidentes, que deixava um legado para a história do FC Porto, que ninguém podia apagar. Eu não era candidato. Mas quando eu vi nessa apresentação da candidatura a primeira fila, eu percebi que aquilo parecia uma OPA para o FC Porto. Quando vi lá inimigos do FC Porto, pessoas que têm procurado fazer-nos a vida o mais difícil possível, então pensei duas vezes. E quando percebi as intenções e pus os olhos noutros e percebi que haveria um plano para vender uma parte do FC Porto, eu disse à minha família: ‘Não posso trair os meus ideais e deixar que isso aconteça. Se os sócios quiserem que isto aconteça, a responsabilidade não é minha. Mas eu vou-me candidatar em defesa dos princípios que sempre defendi'», começou por dizer, falando em seguida dos adeptos das redes sociais.
«O FC Porto é dos sócios. Tivemos muitas propostas para vender parte da sociedade, de pessoas que hoje apoiam outro candidato, que sabem que a minha determinação, aconteça o que acontecer, é defender o FC Porto e sermos donos de nós mesmos, serem os sócios do FC Porto a ter a SAD. Naturalmente que a partir do momento em que candidatei, pessoas que tinham curiosamente sido convidadas para fazer parte da outra lista, não aceitaram e deram-me a honra de quando eu me candidatei, aceitarem o meu convite. A partir desse momento, esses que eles queriam para a lista deles, passaram a ser uns bandidos. É realmente lamentável que durante 42 anos não fui eu que tive sucesso, foi o FC Porto. O FC Porto teve sucesso, porque tivemos sempre todos uma união profunda. Estivemos sempre todos à volta das nossas equipas, estivemos sempre a apoiá-las e com críticas construtivas. Mas a partir da minha recandidatura, tudo está mal. Não têm coragem de afrontar, mas é através lá dos Facebooks e das redes sociais, onde os cobardes escondem a cara, onde gente que não é do FC Porto se diz do FC Porto para deitar o FC Porto abaixo. Desde que entrou isso, os nossos adeptos estão divididos. Não aceito essa situação e se for reeleito, a minha primeira preocupação será unir o FC Porto e todos os sócios. Não é os que escondem a cara, esses ignoro. Aqueles que são do FC Porto e não estão com interesses comerciais e ambição, esses ficarão de fora. A grande preocupação será unir o FC Porto», completou.