Pinto da Costa: «Desgaste? Deram-me quase como moribundo...»
Vítor Baía e Pinto da Costa
Foto: IMAGO

Pinto da Costa: «Desgaste? Deram-me quase como moribundo...»

NACIONAL15.04.202422:17

Declarações do presidente do FC Porto na visita a Albergaria-a-Velha

Pinto da Costa esteve, esta segunda-feira, de visita ao anfiteatro Alba, em Albergaria-a-Velha, onde respondeu a várias perguntas colocadas pelos jornalistas. O presidente do FC Porto falou sobre os cartões vermelhos dirigidos aos jogadores azuis e brancos, da relação com Sérgio Conceição e das diferenças entre a sua candidatura e a do seu adversário, André Villas-Boas.

O FC Porto não terá de pagar a multa noticiada pela UEFA?

- Se formos multados, temos. Até hoje não fomos multados em nada. O que sabemos é o que está aqui [no comunicado emitido pelo FC Porto].

Jogo de quarta-feira será o mais importante da época, além do Jamor, se lá chegar?

- O próximo é sempre o mais importante. Já tivemos jogos importantes como os da UEFA, mas este, dos imediatos, é o mais importante porque pode permitir-nos estar no Jamor para tentar vencer a Taça de Portugal.

Como é que sentiu a equipa depois do empate contra o Famalicão?

- Senti-os muito bem, com grande determinação, com uma vontade enorme. Por eles, o próximo jogo era já hoje [segunda-feira].

Sérgio Conceição disse que iria continuar até quando o presidente quisesse. É uma fragilidade?

- Não! Ele diz, e bem, que vai continuar enquanto eu quiser. Ele diz isso porque sabe que eu quero que ele continue sempre.

Não foi a pôr o lugar à disposição?

- Não, isso não existe. Se a vontade dele é a mesma que a minha, eu quero que ele continue por muito tempo.

Se não fossem os erros de arbitragem, o FC Porto poderia estar a lutar pelo título?

- A prova disso é essa pergunta. Nessa pergunta já está a resposta.

Na era Conceição este é o ano em que o FC Porto recebe mais cartões vermelhos. Como interpreta?

- Maioria desses casos foram justos. A revolta dos nossos jogadores é de ver casos identicos que não são tratados da mesma maneira noutros jogos. Isso mexe com a cabeça dos jogadores. Se eles sentem que há um tratamento desigual para eles... Não estou a dizer que tenham sido mostrados [cartões vermelhos] com razão, mas em muitos jogos acontecem casos em que o cartão encarnado, como dizem 'lá em baixo', e vermelho, como dizemos todos, não aparece.

É falta de coragem, como diz Sérgio Conceição?

- Não dou opinião sobre isso. Toda a gente sabe qual é a minha opinião, para que é que vou dá-la?

Sente que o Sérgio Conceição também se referia à 'união' do FC Porto defendida por si?

- Acho que sim. O Sérgio está habituado a ver um estádio todo a apoiar a equipa e, naturalmente, não gosta de ver quando ao mínimo passe errado aparecem grupos a assobiar os jogadores. O público vai lá para ver o espetáculo, mas também para apoiar a equipa, é isso que nós sempre tivemos e estou convencido de que, brevemente, voltaremos a ter.

Unir o FC Porto inclui adeptos sócios como André Villas-Boas?

- Admite todos os sócios e exclui todos os que estão nesse processo e não são do FC Porto.

Tem sido difícil conciliar o papel de presidente e de candidato?

- É difícil, obriga-me a muito mais esforço porque hoje [segunda-feira] estou aqui, mas amanhã [terça-feira] às 9 da manhã tenho de estar em funções pelo FC Porto, por isso, cria-me maior desgaste. Até estou admirado que deram-me quase como moribundo e, afinal, ainda consegui, ontem [domingo], estar em Argoncilhe, depois em Seia, Viseu... Hoje estou aqui, mas, como disse, amanhã estarei a representar o FC Porto, numa coisa muito importante para nós.

Como está a sentir a dinâmica da candidatura?

- Eu vejo as pessoas entusiasmadas e a darem-me apoio. A minha maior preocupação é elucidá-los, responder a todas as perguntas que me fazem e tenho uma coisa original em relação à outra candidatura: não trago seguranças nem polícias. Os meus seguranças são os adeptos do FC Porto.