«Pensávamos que a morte de Senna podia ser o fim da Fórmula 1»

«Pensávamos que a morte de Senna podia ser o fim da Fórmula 1»

Declarações de Bernie Ecclestone, antigo chefe da Fórmula 1, sobre o fatídico acidente de Ayrton Senna, a 1 de maio de 1994

1 de maio de 1994 será uma data que os apaixonados pelo desporto e pela Fórmula 1 nunca esquecerão: na curva Tamburello, no circuito de de Imola, em Itália, o Williams FW16 de Ayrton Senna partiu a direção e embateu a mais de 200 km/h contra as barreiras da pista. O gravíssimo acidente provocou a morte ao lendário piloto brasileiro, então com 34 anos, e, esta quarta-feira, no dia em que se passam 30 anos sobre a fatalidade, Bernie Ecclestone, 93 anos, antigo chefe máximo da F1, admitiu que pensou que o desaparecimento do tricampeão Mundial poderia significar o fim da modalidade.

«Depois do acidente, falei com o Max Mosley [presidente da FIA], ele disse que aquilo podia ser o fim da Fórmula 1. Respondi-lhe que teríamos de esperar para ver, mas foi um enorme desastre. Para mim, parece que já passaram mais do que 30 anos, o Ayrton teve muito azar... A F1 tornou-se muito mais popular depois da morte do Senna, foi notícia em todo o Mundo e várias pessoas que nunca tinham acompanhado o desporto passaram a interessar-se. Espero nunca voltar a ver algo assim, hoje em dia, pela forma como as condições de segurança evoluíram, as hipóteses de isto se repetir são diminutas», disse Ecclestone.