Paulo Sérgio e a análise ao Benfica: «Jogo de Toulouse é daqueles que complica…»
Treinador do Portimonense fez a antevisão ao jogo com o Benfica, que se realiza neste domingo no Estádio da Luz; apela à concentração e atitude dos seus jogadores, para a obtenção de um resultado positivo, que passa pela conquista de pontos
Na antevisão ao jogo com o Benfica, Paulo Sérgio analisou a equipa encarnada olhando para outros jogos, que não o da goleada ao Vizela ou o empate – com exibição sofrível – em Toulouse. O treinador do Portimonense, que não conta com Lucas Ventura que vai cumprir um jogo de suspensão, acredita que a sua equipa poderá conseguir um resultado positivo – conquista de pontos – e manter-se na discussão do resultado, se os seus jogadores tiverem a concentração e a atitude em níveis elevados. E, no balneário, não fez referência à vitória (1-0) que os algarvios conquistaram a 3 de outubro de 2021 em pleno Estádio da Luz, surpreendendo o Benfica de Jorge Jesus, com um golo de Lucas Possignolo a fazer a diferença no marcador.
- Que analise faz ao atual Benfica e a esta deslocação à luz?
«Não necessita de muitas palavras, é sobejamente conhecida valia do Benfica e do seu plantel, é o campeão em título. Sabemos que vai ser um jogo com um grau de complexidade elevado e preparámo-nos da melhor maneira possível, como sempre nos preparamos para todos os jogos para conseguir competir e tentar trazer algo desta partida»
- Que Benfica foi analisado, o de e Toulouse ou o que goleou o Vizela?
«O jogo em Toulouse é daqueles que às vezes complica porque joga-se para dois resultados possíveis. Sei o que isso é, nesses jogos a eliminar nas competições europeias. Por vezes deixa as equipas num espaço cinzento, em que por um lado é inteligente estrategicamente não ser ousado demais e por outro lado correndo mal a coisa pode descambar. O que é certo é que o Benfica atingiu o objetivo, passou próxima fase e o jogo de amanhã não tem nada a ver com isto, é um jogo só, não se joga com a possibilidade de dois resultados, é completamente diferente e não vai nenhuma influência. Não me debrucei especialmente sobre o jogo com o Vizela, embora também o tenhamos analisado, olhámos mais para outros jogos anteriores»
- Mostrou ao plantel a vitória de há duas épocas?
«Não, nem falei sobre isso. O plantel do Benfica é outro, tal como o nosso. Trabalhámos muito para ser felizes nessa partida e é o que teremos que fazer amanhã novamente, para podermos tirar alguma coisa desse jogo, porque as diferenças são gritantes. Mas, ninguém duvide, que temos a expetativa, cada vez que vamos a campo, de tirar coisas positivas dos jogos, ou seja, pontos. Amanhã não vai fugir à regra, temos essa ambição, esse sonho, depende muito daquilo que conseguirmos colocar no relvado»
- A aproximação da linha de água e jogarem no Estádio da Luz contra o Benfica, dá algum receio à equipa do Portimonense?
«Não por esse motivo em especial, porque próximo da linha de despromoção, estão todos do 8.º lugar para baixo. Convém fazer pontos, trabalhamos para isso, temos vários pontos a menos que aqueles que merecíamos ter neste momento, por demérito nosso em muitas partidas. Por isso, é mais um apelo à concentração e atitude, que foi excelente no último jogo com o Vitória (de Guimarães) e é trabalhar todas as semanas com esse foco, com um ambiente positivo e acreditando que somos capazes, injetando confiança e ao mesmo tempo cobrando responsabilidade, porque só assim é que se conseguem resultados na 1.ª liga»
- Alguns jogadores do Portimonense vão jogar pela primeira vez no Estádio da Luz…
«Falámos sobre isso, que não pode ser diferente. É um relvado, com as medidas idêntico ao nosso, com um adversário com um apoio fantástico, mas isso não controlamos. Aquilo que é passado aos jogadores, é que se foquem naquilo que podem controlar, que é o seu desemprenho, as suas ações com bola e sem bola, provavelmente será um jogo em que passemos mais tempo sem bola devido à qualidade do adversário, pelo que a concentração nesses momentos será importante para nos mantermos competitivos e na discussão do resultado, tornar as coisas simples – e no futebol o que é simples é o mais eficaz – e pensar coletivamente. São estas coisas que fazem com que as equipas mais pequenas, digamos assim, consigam competir e disputar resultados com equipas com o potencial que o Benfica tem»
- Não há Lucas Ventura, é uma oportunidade para outros, mas a sua ausência atrapalha?
«O Lucas (Ventura) tem crescido imenso, teve um início atribulado com entradas fora de tempo, veio de um futebol diferente, deram-lhe alguns cartões vermelhos e amarelos que o inibiam nas partidas, conseguiu ter uma sequência boa de jogos. É um atleta que, se calhar, não é tão aprimorado tecnicamente naquilo que é o ter bola, mas é de uma utilidade na pressão na fase defensiva, que nos tem ajudado. Está ele de fora, jogará outro, provavelmente com outras caraterísticas, porque não temos outro Lucas Ventura com essas caraterísticas»