Palmeiras de Abel Ferreira em desvantagem: «Um camião de pedra e outro de areia...»
Treinador português analisou derrota com o Santos e projetou segunda mão da final do Paulistão, que quer vencer pela terceira vez seguida
O Palmeiras, treinado por Abel Ferreira, perdeu, este domingo, com o Santos, por 0-1, na primeira mão da final do Paulistão, na Vila Belmiro, e dentro de uma semana recebe a equipa que caiu para a Serie B no Allianz Parque para a decisão.
O treinador Abel Ferreira manteve a confiança e lembrou que a sua equipa tem sido conhecida por operar reviravoltas.
«Está tudo aberto. O Santos é uma equipa experiente, entrou só um miúdo na segunda parte. Por mais que seja uma equipa de Série B, é experiente. Ganharam hoje, parabéns. No próximo domingo, no “chiqueiro” [uma das alcunhas do Palmeiras é ‘o porco’], jogamos com apoio e vibração dos nossos torcedores. Somos a equipa da virada [reviravolta] e do amor, e isso é o que queremos ver domingo. Infelizmente, o nosso adversário vai ter uma semana livre e temos um jogo a meio de semana, e vemos que um dia de preparação faz muita diferença», destacou Abel Ferreira.
O treinador referia-se a um jogo com o San Lorenzo, na quarta-feira. Será a estreia da equipa na Libertadores, na Argentina, pela primeira jornada do Grupo F.
De novo o calendário
Abel Ferreira sublinhou o aspeto físico para a primeira derrota da época em tempo regulamentar: «Os nossos jogadores tentaram, correram, mas o cansaço foi aparente. Quando vemos mais passes errados do que o normal, algo está errado. Vamos trocar de miúdos, fazer uma análise e vamos ter um camião de pedra para descarregar quarta, e depois um de areia no Allianz. Vamos precisar da ajuda dos nossos adeptos para descarregar esses camiões.»
«É o que eu mais digo à FPF (federação paulista) e à CBF, é para ter três dias de folga para todos, que seja igual. Se para isso tivermos de trocar o calendário, que seja justo. Claro que eles correram mais que nós, estavam mais descansados. Vou ser sincero, acho que naquelas vertentes de físico, mental e técnica, uma só esteve abaixo: a técnica. Não vou dizer quem, mas dá para perceber. Muito espaço, bolas paradas... Não achei que o Santos tenha tido muito mais chances, a primeira parte por exemplo foi nossa. O Santos esteve melhor na segunda parte, mas aí tivemos chances com o Rony também. Achei o Santos mais competitivo, mais fresco.»
O treinador voltou às críticas sobre o calendário: «O calendário está feito, a Federação Paulista definiu como deveria ser feito, como seriam os jogos. Está como está, igual ao ano passado. Vamos avaliar a partir de agora. O nosso foco não pode ser já na final, porque temos jogo daqui a dois dias. O Guardiola reclamou agora lá também [em Inglaterra], aqui não posso dizer, já disse o que penso.»
(atualizado às 6.45 horas)
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