Os destaques do FC Porto: Pepê foi um raio de sol num deserto de ideias
Pepê chamado pelo Brasil e feliz da vida. Foto: MIGUEL A. LOPES/LUSA

Os destaques do FC Porto: Pepê foi um raio de sol num deserto de ideias

NACIONAL06.12.202321:31

Extremo sempre ligado à corrente em qualquer posição; Francisco Conceição agitou águas (apenas) no início; Taremi bastante abnegado numa equipa que foi uma autêntica desilusão

A figura do FC Porto: Pepê (6)

Não apenas pelo golo, mas por tudo aquilo que tentou dar à equipa enquanto esteve em campo. O mais recente internacional brasileiro teve enorme frieza na hora de atirar à baliza do Estoril, isto depois de uma assistência primorosa de Taremi com o peito. Primeiro como segundo ponta de lança, depois como lateral, Pepê foi procurando remar contra a maré, não sendo, porém, devidamente acompanhado pelos companheiros de equipa. Não foi por culpa sua que o FC Porto saiu vergada uma derrota humilhante e que ditou o adeus à possibilidade de renovar a conquista da Taça da Liga. Cumpriu a missão que lhe foi confiada e não há nada que se possa apontar ao seu desempenho.

CLÁUDIO RAMOS (5) — Sem hipóteses de defesa nos três golos encaixados, o guarda-redes do_FC_Porto teve um final de tarde/noite com muito trabalho, mercê de grande permeabilidade da defesa e também do meio-campo azul e branco. A forma como sofreu os dois golos nos instantes finais deixou-o absolutamente desolado. 

ZÉ PEDRO (4) — Como terceiro central ou lateral-direito, a noite não lhe correu de feição. Demasiado nervoso nas suas ações, nunca conseguiu passar uma imagem de tranquilidade a quem assistia de fora ao encontro. 

FÁBIO CARDOSO (4) — Está no enfiamento do primeiro golo e a bola é colocada nas suas costas, onde apareceu Cassiano a faturar. Um lance que marca a sua exibição, ele que voltou uma vez mais a capitanear o FC Porto

DAVID CARMO (3) — Mais uma exibição em que o jovem central não fica bem na fotografia. Voltou ao onze após dois jogos de fora e a verdade é que o central tarda mesmo em se afirmar de dragão ao peito. A forma infantil como comete o penálti é de bradar aos céus e com erros deste calibre fica complicado ganhar a titularidade em definitivo. 

JOÃO MENDES (4) — Depois da boa exibição em Famalicão, manteve a confiança de Sérgio Conceição, mas desta feita contou com mais trabalho. No lance do segundo golo é ultrapassado, juntamente com Eustáquio, por Guitane, que arranjou uma autêntica autoestrada até fuzilar Cláudio Ramos sem apelo nem agravo. 

FRANCISCO CONCEIÇÃO (6) — Entrou a todo o gás na partida, marcou um golo, mas que viria a ser anulado por Galeno estar em fora de jogo no início da jogada. Bons apontamentos iniciais, mas com o tempo foi perdendo bastante fulgor e, com isso, o FC Porto tornou-se uma equipa menos agressiva do ponto de vista ofensivo. Em compensação, ajudou a defender (bem) em algumas situações.

GRUJIC (4) — Ficou claramente inferiorizado em campo depois de ver o cartão amarelo e disso se apercebeu Sérgio Conceição, retirando o sérvio com receio de uma expulsão. Nunca deu a força que a equipa necessitava naquela zona fulcral do terreno. 

EUSTÁQUIO (4) — Tal como o seu companheiro do corredor central, esteve bastante aquém das expectativas. A forma como se deixa ultrapassar no lance do 2-1 é elucidativo de um desempenho de menor nível. Pareceu acusar alguma fadiga com o passar dos minutos.   

GALENO (5) — Algumas arrancadas prometedoras na primeira parte, mas, como acontece algumas vezes com o luso-brasileiro, inconsequentes. Por vezes, consegue correr mais do que a própria bola... 

TAREMI (6) — Embora longe do seu melhor, o iraniano abriu de forma subtil o caminho para o golo de Eustáquio. Voltou a não ter uma posição fixa na frente de ataque, buscando jogo em terrenos mais recuados. Também mostrou o seu comprometimento a defender, como o treinador aprecia. 

EVANILSON (5) — Dotou o ataque de outras valências e só não foi feliz no Estoril porque a barra da baliza de Daniel Figueira. Entrou bem e criou problemas à defesa canarinha, ao ponto de ser castigado com várias faltas.

NICO GONZÁLEZ (4) — Começa a levantar-se muitas dúvidas em torno da sua aquisição. Era preciso acelerar o jogo com intensidade, mas o espanhol so imprime ritmo lento. 

JORGE SANCHÉZ (4) — Entrou para procurar estancar as investidas de Heriberto e raramente o conseguiu. Também no capítulo atacante não acrescentou nada à equipa. 

GONÇALO BORGES (5) — Excelente centro para a cabeçada de Evanilson à barra. A sua entrada visou essencialmente dar mais largura à linha ofensiva dos dragões.

TONI_MARTÍNEZ (-) — Entrou na reta final do encontro para tentar ajudar o FC_Porto a chegar à vantagem, mas acabaria ainda por ver o Estoril fazer mais dois golos. 

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