Os destaques do Benfica: Di María criou e criou mas Rafa falhou e falhou
Rafa, avançado do Benfica no jogo com o Farense (Miguel Nunes/ASF)

Os destaques do Benfica: Di María criou e criou mas Rafa falhou e falhou

NACIONAL08.12.202321:14

Avançados argentino e português são os dois grandes exemplos do quadro de desperdício do Benfica-Farense (1-1) desta sexta-feira; Aursnes voltou às grandes exibições e Kokçu promete

O MELHOR DO BENFICA - Ángel di María (8)

Não há dúvida de que exagerou um bocadinho nas trivelas e que aqui e ali irritou os adeptos com a aparente displicência com que perdeu algumas bolas, mas o jogo do argentino foi desde o primeiro minuto acima do de todos os outros; foi genial e dos seus pés nasceram passes que teriam dado, em noite sim dos avançados do Benfica, para finalizar 6, 7, 8 golos! Na 1.ª parte ofereceu a João Mário uma bola de golo e a Rafa várias! Voltou do intervalo menos enérgico, mas rapidamente reencontrou o ritmo e foi dele a jogada em que depois Ausrnes cruzou para o golo do empate, e pertenceram-lhe vários outros lances, tantos e tão bons que só torna mais grave o desperdício encarnado.

(5) TRUBIN  — Sem culpa no golo sofrido, mostrou competência ao defender um livre perigoso apontado por Mattheus Oliveira (16’), na tranquilidade com que resolveu alguns apertos junto à área e também na confiança a jogar com os pés, recolocando a bola na frente de forma muito intencional.

(8) AURSNES — Sem se ocupar demasiado com tarefas defensivas, soltou-se no ataque pelo flanco direito com intensidade. Aos 21’ rematou por cima da trave, aos 26’ ofereceu lance de golo a Rafa, aos 71’ cruzou para o golo de Rafa, aos 75’ voltou a assistir para novo desperdício de Rafa e aos 88’ lançou para disparo de Guedes ao lado do poste. Cansou só de ver. 

(6) ANTÓNIO SILVA — Muito atento às dobras nas subidas de Aursnes e inclusivamente a Otamendi. Subiu à área contrária e aos 45+3’ rematou ligeiramente por cima da trave.

(6) OTAMENDI — Um pouco complicativo a defender em parceria com Morato, mas dos primeiros a empurrar a equipa para a frente, ou literalmente, com o físico, ou com bons passes longos para o flanco direito. Aos 30’ acertou de cabeça no poste e aos 45 subiu, desequilibrou o Farense e, dentro da área, tabelou e colocou Rafa na cara do golo. 

(5) MORATO — Bem no ataque e a oferecer boa situação de golo a João Mário logo no primeiro minuto da partida, mas um pouco desarticulado a defender. O lance do golo do Farense surge de um canto ganho pelos algarvios porque o brasileiro do Benfica complicou uma saída de bola que parecia fácil. Aos 84’ rematou de cabeça por cima da trave. 

(5) JOÃO NEVES — Sempre em ritmo alto, mas sem espaço para progredir com bola, destacou-se sobretudo na pressão, na forma como recuperou lances atrás de lances. 

(5) KOKÇU — Um pouco ansioso e precipitado, a querer encontrar sempre soluções criativas, de risco maior, mas já com forma suficiente para trazer qualidade na transição da defesa para o ataque. Grande remate e de muito longe, aos 55’, mas saiu ao lado do poste. 

(4) RAFA — Custa avaliar negativamente um jogador que lutou tanto pela vitória e inclusivamente marcou o único golo da equipa, mas Rafa não pode mesmo falhar o que falhou neste jogo. Alguns (vários) lances foi Ricardo Velho quem defendeu, mas Rafa desperdiçou, a escassos metros da linha de baliza, lances de golo iminente aos 12’, 14’, 26’, 45’, 47’, 49’, 75’ e ainda aos 89’... Demasiados erros para ele e para uma equipa com a ambição do Benfica

(6) JOÃO MÁRIO — Exibição sombra, mas foi João Mário quem ligou sempre a equipa e até defendeu com um pouco mais de intensidade do que costuma. Poderia ter finalizado de forma mais convicta ao minuto 1’, mas esteve noutros lances e foi toque importante em inúmeras combinações junto da área do Farense

(6) TENGSTEDT — Muito dinâmico, teve o golo nos pés aos 29’ e aos 47’ ofereceu a Rafa lance soberano. Faltou-lhe maior capacidade para aparecer e ganhar espaço aos defesas em zona de finalização, mas nunca se deu como rendido. 

(5) GONÇALO GUEDES — Em jeito de força da natureza, o extremo entrou a querer ir a todas e conseguiu aparecer duas vezes em condições de festejar golo, mas atirou por cima da barra e ao lado do poste. Ficou a sensação de que mais cedo poderia ter acertado no alvo. 

(4) MUSA — Com ele em campo a equipa passou a ter jogo aéreo e maior presença na área, mas um ponta de lança não pode desperdiçar o que o croata desperdiçou aos 90+6’: sozinho na área, matou no peito e disparou fazendo a bola passar tresloucada bem acima da trave. Teria sido herói neste jogo, saiu mais um engolido pela gritante falta de pontaria... sendo que Musa é ponta de lança. 

(4) ARTHUR CABRAL — Não teve muito tempo de jogo, mas foi o suficiente para se juntar ao dantesco quadro de ineficácia que levou ao desespero os adeptos no Estádio da Luz. O brasileiro tentou ganhar um penálti e, a instantes dos final da partida, transformou uma tentativa de pontapé de bicicleta num tiro de pólvora seca.