Os 11 leões que ganharam duas Ligas com Amorim
Os festejos do primeiro campeonato (IMAGO)

Os 11 leões que ganharam duas Ligas com Amorim

NACIONAL12.11.202410:00

Um guarda-redes, cinco defesas, dois médios, um ala e dois avançados foram campeões em 2021 e 2024

Ruben Amorim deixou o Sporting com duas Taças da Liga, uma Supertaça e, sobretudo, dois Campeonatos Nacionais. Além, claro, da liderança isolada da Liga 2024/2025. Igualou ainda Cândido de Oliveira e Juca como únicos treinadores portugueses a ganhar dois campeonatos para o clube leonino. Onze jogadores estiveram nos títulos de 2020/2021 e 2023/2024: o guarda-redes Adán, os defesas Coates, Gonçalo Inácio, Matheus Reis, Neto e Quaresma, os médios Bragança e Essugo, o ala Nuno Santos e os avançados Pedro Gonçalves e Paulinho. Eis o balanço das seis épocas de Amorim, jogador a jogador.

APALPAR O PULSO

 Os primeiros quatro meses de Rúben Amorim no Sporting (5 de março a 25 julho de 2020) serviram, essencialmente, para apalpar o pulso ao plantel e preparar o arranque de 2020/2021, lançando alguns jovens (Quaresma, Matheus Nunes, Nuno Mendes, Tiago Tomás ou Joelson) e vendo como estavam os mais experientes. Logo desde os primeiros jogos, apesar de terem sido titulares na estreia frente ao Aves, se percebeu que dois jogadores não contariam para Amorim: Ilori e Rosier.

Ilori somara 13 jogos com os anteriores treinadores, dez dos quais a titular. Jogaria de início, ao lado de Coates e Mathieu, no jogo com o Aves (Neto estava suspenso por um jogo), a 8 de março, mas depois, com a subida de Quaresma à equipa principal, só voltaria a jogar frente à B SAD, substituindo-o nos últimos 23 minutos.

Rosier jogou apenas os últimos 12 minutos do Sporting-Aves (Ristovski foi o lateral-direito). No final da época, o francês pediu satisfações a Rúben Amorim sobre os motivos da sua escassa utilização, mas fê-lo, segundo o Sporting, de forma incorreta, colocando em causa a autoridade do treinador e o clube disponibilizou-se para o transferir. Seria emprestado ao Besiktas.

No final dos 11 jogos iniciais de Amorim, o retrato estava feito. Os dez jogadores mais utilizados continuariam na época seguinte: Maximiano, Coates, Sporar, Wendel, Plata, Quaresma, Matheus Nunes, Jovane, Acuña e Nuno Mendes. Sporar, Wendel e Acuña, porém, não terminariam a época. O avançado foi emprestado ao SC Braga em janeiro de 2021, o médio foi vendido em outubro de 2020 ao Zenit e o defesa foi transferido em setembro para o Sevilha.

Nove jogadores não chegaram a jogar qualquer minuto no Sporting 2020/2021. Foram os casos de Ristovski (equipa B até janeiro e depois cedido ao D. Zagreb), Battaglia (emprestado ao Alavés), Mathieu (ponto final na carreira), Camacho (cedido ao Rio Ave em janeiro de 2021), Geraldes (transferido para o Rio Ave), Eduardo (emprestado ao Crotone), Doumbia (cedido ao Huesca), Joelson (utilizado apenas na Liga Revelação) e Pedro Mendes (primeiro no Almería e depois no Nacional, em 2020/2021).

Eis onze-tipo de 2019/2020, olhando aos minutos realizados: Maximiano; Quaresma, Coates e Acuña; Plata, Wendel e Matheus Nunes e Nuno Mendes; Camacho, Sporar e Jovane.

CAMPEÃO POR FIM

O plantel do Sporting recebeu 12 jogadores para 2020/2021: Adán, Porro, Feddal, Pedro Gonçalves, Palhinha, Nuno Santos, João Mário, Tabata, Antunes e, em janeiro de 2021, Paulinho, Matheus Reis e João Pereira. Além destes, Amorim estrearia ainda Gonçalo Inácio (vindo das camadas jovens), Daniel Bragança (regresso após cedências a Farense e Estoril) e os jovens André Paulo, Tomás Silva, Pedro Marques e Dário Essugo.

Dez jogadores tiveram utilização inferior a 500 minutos: Maximiano, Plata, Borja, Vietto, Wendel, João Pereira, Quaresma, Tomás Silva, Pedro Marques e Essugo. Outros seis tiveram tempos de utilização entre 500 e 1000 minutos: Jovane, Sporar, Bragança, Tabata, Antunes e Matheus Reis.

O onze habitual de Rúben Amorim na época do seu primeiro título nacional como treinador do Sporting passou, quase sempre, por 14 jogadores: Coates, Adán, Pedro Gonçalves, Porro, Feddal, Palhinha, Nuno Mendes, Nuno Santos, João Mário, Luís Neto, Tiago Tomás, Gonçalo Inácio, Matheus Nunes e Paulinho, todos acima dos mil minutos em 2020/2021.

Eis o onze-tipo de 2020/2021, época do primeiro título, olhando aos minutos realizados: Adán; Neto, Coates e Feddal; Porro, Palhinha, João Mário e Nuno Mendes; Pedro Gonçalves, Tiago Tomás e Nuno Santos.

TAÇA DA LIGA E SUPERTAÇA

 Sarabia, Esgaio, Ugarte, Vinagre, Virgínia, Gonçalo Esteves, Slimani e Edwards (em janeiro de 2022) foram as principais novidades de um plantel que contou ainda com as presenças de Nazinho, Rodrigo Ribeiro, Catamo, Marsá e Goulart. As principais saídas foram as de Nuno Mendes (PSG), João Mário (Benfica), Eduardo Quaresma (Tondela), Tiago Tomás (Estugarda, em janeiro de 2022), Antunes (Paços de Ferreira), Maximiano (Granada) e João Pereira (final de carreira).

Quinze jogadores tiveram menos de 1000 minutos de utilização, entre os quais cinco contratações: Vinagre, Virgínia, Edwards, Slimani e Gonçalo Esteves. Neto, Porro (algumas lesões), Feddal, Ugarte, Bragança e Tabata tiveram entre 1000 e 2500 minutos.

O onze-tipo de 2021/2022, olhando aos minutos realizados, foi o seguinte: Adán; Gonçalo Inácio, Coates, Matheus Reis; Esgaio, Matheus Nunes, Palhinha e Nuno Santos; Sarabia, Paulinho e Pedro Gonçalves.

 QUARTOS NA LIGA

Trincão, Morita, St. Juste, Arthur Gomes, Diomande (em janeiro de 2023), Bellerín, Israel, Rochinha, Sotiris e Tanlongo foram as principais aquisições do Sporting para 2022/2023. Que perdeu, em janeiro e agosto de 2023, nomes como Matheus Nunes, Sarabia, Porro, Feddal, Tabata, Vinagre, Virgínia, Tiago Tomás, Slimani e Gonçalo Esteves.

Amorim voltou a utilizar 32 jogadores, sendo que 16 não chegaram aos mil minutos: Chermiti, Israel, Bellerín, Rochinha, Marsà, Essugo, Sotiris, Neto, Fatawu, Mateus Fernandes, Nazinho, Jovane, Matheus Nunes, Tanlongo, Lamba e Rodrigo Ribeiro. Quatro tiveram entre 1000 e 2000 minutos: Porro, St. Juste, Arthur Gomes e Diomande. Três entre 2000 e 3000: Morita, Paulinho e Esgaio. E apenas nove acima dos 3000 minutos: Pedro Gonçalves, Adán, Gonçalo Inácio, Coates. Matheus Reis, Edwards, Ugarte, Trincão e Nuno Santos.

Assim, o onze-tipo de 2022/2023, olhando aos minutos realizados, foi o seguinte: Adán; Gonçalo Inácio, Coates e Matheus Reis; Esgaio, Morita, Ugarte e Nuno Santos; Edwards, Paulinho e Pedro Gonçalves.

SEGUNDO TÍTULO

O Sporting apostou forte para 2023/2024, na tentativa de recuperar o título que ganhara em 2020/2021. Contratações cirúrgicas: Gyokeres, Hjulmand, Catamo e Fresneda e, em janeiro, Koindredi e Pontelo. E apenas uma saída de peso: Ugarte. De resto, Arthur Gomes, Chermiti, Bellerín, Rochinha, Sotiris e Fatawu de fora para 2023/2024. Além disso, Quaresma regressou após empréstimos a Tondela e Hoffenheim.

Muitos jogadores com utilização abaixo dos mil minutos (Neto, Diogo Pinto, Dário Essugo, Fresneda, Koindredi, Afonso Moreira, Pontelo, Tiago Ferreira, Francisco Silva e Rafael Nel), apenas dois entre 1000 e 2000 (Quaresma e St. Juste) e nada menos de 18 entre 2000 e 3000 minutos, com Gyokeres a liderar com 4167 e mais 434 do que o segundo mais utilizado, que foi Gonçalo Inácio.

Eis o onze-tipo de 2023/2024, olhando aos minutos realizados: Adán; Diomande, Coates e Gonçalo Inácio; Esgaio, Hujlmand, Morita e Nuno Santos; Trincão, Gyokeres e Pedro Gonçalves.

A SAÍDA

Por fim, 2024/2025. Quatro saídas importantes relativamente a 2023/2024: Coates (regressou ao Uruguai), Paulinho (foi jogar para o México), Neto (terminou a carreira) e Adán (opção de Amorim). Quatro contratações minuciosas: Debast, Kovacevic, Maxi Araújo e Harder. Além da subida de Quenda, em definitivo, à equipa principal.

Três jogadores estiveram presentes nos 18 jogos de 2024/2025: Gyokeres, Trincão e Quenda. Devido a saídas prematuras do plantel (Essugo, Mateus Fernandes e Rodrigo Ribeiro), lesões (Nuno Santos, Quaresma, Matheus Reis, Diomande, Pedro Gonçalves, St. Juste e Edwards) ou menor utilização até ao momento (Harder, Kovacevic, Esgaio, Fresneda, Bruno Ramos e Taibo), o núcleo-duro da última (meia) época de Amorim ficou reduzido a 18 elementos e, entre estes, apenas nove com presença em mais de 15 jogos: Gyokeres, Trincão, Hjulmand, Quenda, Debast, Inácio, Catamo, Morita e Bragança.

Eis o onze-tipo, por minutos, dos 18 jogos finais de Ruben Amorim: Israel; Debast, Diomande e Gonçalo Inácio; Quenda, Hjulmand, Morita e Catamo; Trincão, Gyokeres e Pedro Gonçalves.