O que disseram os italianos do jogo na Luz: Do fantasma de Ramos à culpa de Schmidt

Liga dos Campeões O que disseram os italianos do jogo na Luz: Do fantasma de Ramos à culpa de Schmidt

INTERNACIONAL13.04.202317:25

A imprensa italiana, num coro unânime, celebrou a vitória do Inter sobre o Benfica por 2-0, anteontem, na Luz, e coincide também na conclusão de que os nerazzurri estão praticamente nas meias-finais. «Inter de sonho», lia-se na primeira página da Gazzetta dello Sport, para a qual a equipa «é um show na Europa». O Corriere dello Sport considera que «a Taça [dos Campeões] é verdadeiramente mágica» para a equipa de Simone Inzaghi e o generalista Corriere della Sera assinala o «renascimento» do Inter. Em sentido contrário, muitas críticas negativas ao Benfica e, especialmente, a Roger Schmidt.


O treinador alemão foi avaliado, na Gazzetta dello Sport, com nota 5. «Não percebeu que o Inter dominou o jogo no modo e no tempo. O Benfica acabou por conformar-se e ele nada fez para inverter a situação», avaliou o desportivo transalpino. Também o Corriere dello Sport atribuiu cinco valores ao treinador alemão, assinalando que «se o Inter fez de Inter, o Benfica não fez de Benfica», argumentando-se que os encarnados não tiveram brilhantismo, sentiram muitas dificuldades em ultrapassar a defesa nerazzurra e que precisam de um jogo épico em Milão para passar.


Nas edições impressas dos dois desportivos, Vlachodimos foi eleito o melhor jogador dos encarnados. «Se o Benfica não perdeu por mais é merito dele», defende a Gazzetta, para a qual Gonçalo Ramos foi a principal desilusão: «Um fantasma até à finalização no tempo de compensação. Nem uma escolha acertada, nem um contributo útil para os companheiros.»

João Mário não escapou a crítica negativa, especialmente por ter provocado o penálti do segundo golo, ação descrita como «erro pesado» para quem estava a ser um dos melhores. O Corriere dello Sport é menos condescendente: «Decisivo mas contra a sua equipa. Enfrentou Bastoni que o conteve com força e personalidade. Força foi o que faltou ao 20 do Benfica quando não conseguiu incomodar o defesa no cruzamento para o golo de Barella. Ainda pior foi quando saltou com os braços ao alto no cruzamento de Dumfries e provocou penálti.»

Para o Corriere o pior do Benfica foi Grimaldo: «A vocação ofensiva custou-lhe caro no primeiro golo interista: na sua zona estavam Dumfries, Dzeko e Barella, que marcou de cabeça. Grimaldo chegou atrasado. Também estava fora da posição na dupla oportunidade de Dumfries.»


Em Espanha, o diário Marca escreve que «um grande Inter viu a Luz em Lisboa» e que o Benfica «esteve longe da melhor versão», além de ter «estado muito tempo ausente do jogo». Recorda-se que os italianos não chegam às meias- finais desde 2010, quando conquistaram a Liga dos Campeões com José Mourinho. Elogia o «grande nível defensivo» da equipa de Inzaghi e pode ler-se que «o Inter podia até ter marcado mais». O Mundo Deportivo vê o Inter «com pé e meio nas meias-finais» e sublinha que a equipa italiana «impediu o Benfica de jogar o seu jogo».


Na Argentina, o desportivo Olé recorda de o «Inter estava mal e recuperou, aparecendo no momento mais importante.»