Ninguém morreu, mas o empate… ‘empatou’ na luta pela sobrevivência: a crónica do jogo em Portimão
Fase do Portimonense_Vizela. Foto: LUÍS FORRA/LUSA

Portimonense-Vizela, 0-0 Ninguém morreu, mas o empate… ‘empatou’ na luta pela sobrevivência: a crónica do jogo em Portimão

NACIONAL03.03.202419:39

Algarvios melhores até à expulsão de Pedrão; pressão final do Vizela com muita parra e pouca uva

Antes do jogo, Ruben de la Barrera, treinador do Vizela, disse que a sua equipa ainda não estava morta – ao contrário do que muitos dizem… - e em Portimão manteve intatas a esperança, apesar do empate. Porque encurtou a distância para os que respiram acima da linha de água, de cinco para quatro pontos, e não perdeu com um adversário direto que, caso tal tivesse sucedido, cavava um fosso de oito pontos. É certo que continua no lugar mais baixo da tabela – a gora a par do Chaves – mas continua a respirar. O empate também acabou por empatar os algarvios, que perderam uma soberana oportunidade de se afastarem.

Não foi por falta de oportunidades de golo, que não houve vencedor. O Portimonense esteve melhor enquanto teve onze jogadores em campo, com o Vizela a pressionar depois, mas sem conseguir criar muitos sobressaltos para a baliza algarvia. Buntic foi decisivo em manter a sua equipa viva na 1.ª metade, principalmente quando evitou por duas (seguidas) que Dener e Berto marcassem, depois da primeira vintena de minutos ter sido morna, agitada apenas por um tiro de Berto ao lado e de Samu ao poste. Com mais bola, o Portimonense dominava, mas apanhou um susto antes do intervalo quando Matheus Pereira viu o remate – que levava a direção certa – ser travado por Igor Formiga.

Os algarvios mostraram a mesma atitude após o descanso, Jasper teve certou nos ferros, mas foram obrigados a recuar devido à expulsão de Pedrão, que travou Essende no limite da área, quando se isolava. Com menos um aos 69 minutos, o tempo que faltou foi para reunir as tropas e fechar os caminhos da sua baliza, sofrendo a natural pressão do Vizela, que muito tentou, mas faltou qualidade na definição, conseguindo apenas incomodar num cruzamento de Matheus Pereira que desviou em Alemão e foi aos ferros e num tiro de Petrov detido por Nakamura.